"Já que se valorizam mutuamente". Montenegro diz que só coligação negativa entre PS e Chega pode impedir governo PSD

CNN Portugal , HCL
21 nov 2023, 18:20

Presidente dos sociais-democratas quer esclarecimentos do PS sobre o que pensa fazer consoante os resultados das legislativas

Luís Montenegro sublinhou esta terça-feira, durante a CNN International Summit, que nem o Partido Socialista (PS), nem o Chega esclareceram, até ao momento, se ponderam a possibilidade de se "coligarem negativamente" para inviabilizar um governo do PSD, que poderá surgir das eleições de março. "Nessa circunstância o Governo só pode ver o seu programa rejeitado se o voto for em conluio político entre o PS e o Chega".

O líder social-democrata apontou ainda que ambos os partidos se têm valorizado "mutuamente" e que, por isso, "é preciso perguntar aos dois se estão disponíveis para isso". Uma questão levantada durante o encontro que marca os dois anos da CNN Portugal, numa cerimónia realizada na Alfândega do Porto.

Antes, Montenegro, que já veio rejeitar várias vezes uma aliança a qualquer nível com o Chega, sublinhou que prefere "ganhar as eleições com conforto eleitoral me permita ter uma base de sustentação do Governo no parlamento que confira estabilidade e governabilidade a uma ideia de legislatura de quatro anos e meio". 

"Eu sou muito claro", repetiu novamente durante a sua intervenção, "eu só serei primeiro-ministro se ganhar as eleições e eu não farei coligação com o Chega, nem de sustentação do governo por essa via, e respeitarei os portugueses se tiverem um entendimento contrário".

Contudo, aponta falta de clareza aos outros "putativos candidatos a primeiro-ministro" sobre possíveis alianças aos partidos fora do arco da governação. Esses candidatos "governam se não ganharem as eleições?", "Era bom saber", refere, porque "a primeira e única vez em que isso aconteceu o povo não foi informado previamente".

Ainda "dentro do espírito de entendimentos políticos", Montenegro pergunta ainda se o PS "está disponível para se coligar com o Partido Comunista que ainda recentemente titubeou relativamente à invasão da Ucrânia" ou "se se vai coligar com o BE que tem uma postura anti-NATO".

Mesmo com eleições em março, contudo, Montenegro sublinha que acredita que Portugal vai evitar a recessão em 2024. "Sinceramente acho que sim". 

"As eleições vão ser um fator positivo, como eu espero mudarmos de Governo e de política económica, isso vai ter depois um reflexo subsequente que é depois o país poder perspetivar um nível de crescimento no mínimo o dobro daquele que tem sido a média dos últimos oito anos".

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