Jogador do Liverpool nascido no Kosovo gerou polémica pelo gesto polémico ao comemorar os golos à Sérvia no Mundial. Treinador mostrou-se cauteloso: «Não sabemos o que pode acontecer, mas queremos estar focados a 100% no futebol»
O Liverpool vai à Sérvia defrontar o Estrela Vermelha para a Liga dos Campeões, mas deixa Xherdan Shaqiri em casa «para evitar distrações».
O médio tem nacionalidade suíça, mas nasceu no Kosovo, antiga província jugoslava, cuja independência não é reconhecida pelo governo sérvio. No Mundial da Rússia, Shaqiri defrontou a Sérvia, ao serviço da Suíça, e festejou os golos imitando com as mãos a águia da bandeira da Albânia, um gesto considerado pelos sérvios como um símbolo de desrespeito, alusivo à «Grande Albânia», uma doutrina nacionalista que visa juntar todos os albaneses nos Balcãs sob o mesmo país.
Muito se tem falado sobre que repercussões teria esse gesto e sobre a forma como o Shaqiri seria recebido em Belgrado, por isso, Jurgen Klopp decidiu não arriscar.
«Não sabemos o que pode acontecer, mas queremos estar focados a 100% no futebol e não ter que pensar em mais nada. Queremos ser respeitosos e evitar distrações», disse o treinador, citado pelo site do clube.
«Por isso, o Shaq não estará envolvido, decisão que ele compreende e aceita», acrescentou. «O Shaqiri é nosso jogador, gostamos dele, e vai jogar connosco muitas vezes, mas não na terça-feira», frisou o técnico.
A 21-man squad has been named for our #UCL trip to Belgrade, but Jürgen Klopp explains why Xherdan Shaqiri will not be involved against Red Star and provides a general injury update... https://t.co/t2AbNKx67H
— Liverpool FC (@LFC) November 5, 2018