Receios de que a segurança da população local possa a ser afetada pelo protesto pode levar autoridades a agir
A marcha extremista marcada para a tarde de 3 de fevereiro nas ruas do Martim Moniz e da Mouraria, em Lisboa, pode vir a ser proibida por receios de que a segurança da população local possa a ser afetada.
De acordo com o Expresso, na próxima semana vai ser realizada uma reunião decisiva entre elementos da PSP e dirigentes da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e do Ministério da Administração Interna (MAI) para analisar questões de segurança da manifestação marcada por um grupo de extrema-direita.
Na quarta-feira, a CML - que em 2020 se declarou uma "cidade antirracista" - aprovou um voto de repúdio à ação convocada por neonazis, lembrando que a marcha se enquadra no crime de ódio previsto no Código Penal e anunciou que vai articular-se com o MAI e com a Polícia de Segurança Pública para garantir a legalidade do protesto e a proteção de todas as pessoas que vivem e trabalham na cidade.
Caso a marcha não seja proibida é esperada a presença musculada da PSP, uma vez que, além da manifestação, está também prevista a presença do movimento ‘Antifas’, que, segundo o Expresso, está a organizar-se com as congéneres estrangeiras para fazer frente aos elementos da extrema-direita em Lisboa.
Além disso, também os ativistas antirracistas anunciaram que vão sair à rua no mesmo dia, no Largo do Intendente, no protesto “Não passarão, nunca passarão”.