Santa Clara-P. Ferreira, 1-1 (crónica)

Rui Pedro Paiva , Estádio de São Miguel, Ponta Delgada
17 set 2022, 17:38

Castor não deixou o açor voar

Um ponto para cada. Santa Clara e Paços de Ferreira empataram hoje a uma bola nos Açores, num jogo equilibrado e bem disputado, que podia ter caído para qualquer um dos lados. O Santa Clara confirma um arranque de época atribulado, enquanto o Paços soma o primeiro ponto no campeonato.

Este era um jogo entre duas equipas obrigadas a vencer. O Paços de Ferreira partiu para esta sétima jornada como uma das duas equipas do campeonato sem qualquer ponto (a outra é o Marítimo, que joga amanhã na Luz). «É ganhar ou ganhar», resumiu o treinador dos castores na antevisão.

Por outro lado, a formação da casa também teve um arranque de época atribulado: apenas quatro pontos somados e um antepenúltimo lugar, somente acima de, lá está, Marítimo e Paços. Uma vitória permitiria ao Santa Clara descolar mais dos últimos classificados.

E essa intenção começou a ser construída desde cedo. Logo aos sete minutos, os açorianos chegaram ao golo, aproveitando uma fífia do guarda-redes pacense. Bola longa, lance aparentemente controlado, Vekik saiu da área mas falhou completamente a bola. Gabriel Silva, perspicaz, roubou o esférico e atirou para o fundo das redes. É a lei de Murphy: tudo corre mal ao Paços de Ferreira.

Em vantagem, o jogo tornou-se de feição para o Santa Clara. A formação de Mário Silva fez por baixar a intensidade do jogo e não se incomodou com a posse de bola do Paços de Ferreira.

A equipa de César Peixoto entrou num jogo de paciência, procurando trocar a bola à procura de espaços para penetrar no último terço do terreno. Aos 34, o empate esteve perto de acontecer. Boa jogada ofensiva do Paços e valeu Marco a salvar a equipa da casa com duas grandes defesas a remates de Gaitán e Matchoi.

Na primeira parte, o Paços teve 63 por cento de posse de bola contra 37 do Santa Clara, num jogo apenas desequilibrado pelo erro de Vekic.

Ao intervalo, os dois treinadores mexeram: Mário Silva meteu Anderson Carvalho e Peixoto fez entrar Thomas. E desta vez foram os forasteiros a entrar melhor: aos 53 minutos, após um canto, a bola sobrou para Matchoi, que, livre de marcação, rematou para o empate no marcador.

Ficou melhor o Paços de Ferreira após o golo, mais dominante e pressionante, a procurar aproveitar o embalo para concretizar a reviravolta. Os castores passaram a rondar a baliza de Marco, mas tiveram sempre dificuldades em criar oportunidades de golo.

Com dificuldades em chegar à baliza contrária com a bola controlada, os açorianos criaram perigo através de um livre, aos 71 minutos, com um cabeceamento de Tassano para uma grande defesa de Vekic.

Aos 76, respondeu o Paços, também de bola parada. Canto batido e Butzke desviou ao segundo poste, com a bola a passar a centímetros do golo.

Na reta final do encontro, o jogo ficou mais aberto, com as duas equipas a procurarem abertamente o golo da vitória.

Nos descontos, oportunidade clamorosa para o Santa Clara: depois de uma bola parada (mais uma vez), Boateng cabeceou à barra da baliza do Paços de Ferreira. O Santa Clara pressionou nos instantes finais, mas o marcador não sofreu mais alterações.

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