«Espero que não tenha acontecido nada de mal a nenhum coração maritimista»

Vítor Maia , Estádio do Rio Ave, Vila do Conde
23 dez 2022, 23:15
Rio Ave-Marítimo (Lusa)

José Gomes gostou da prestação da equipa, mostrou-se «feliz» por regressar à Liga e apontou o caminho que o Marítimo deve seguir para fugir à descida

José Gomes, treinador do Marítimo, em declarações na sala de imprensa do estádio do Rio Ave após o empate (1-1) contra os vila-condenses, em jogo antecipado da 14ª jornada da Liga:

«Dividia o jogo em duas partes. Na primeira parte estivemos melhor embora nenhuma equipa tenha dominado o jogo. Tivemos mais oportunidades e mais remates. Jogámos melhor do que o Rio Ave na primeira parte.

Conseguimos dificultar a saída de bola do Rio Ave. O Rio Ave sentiu dificuldades para sair como normalmente é capaz de sair. Isso foi mérito da interpretação correta que os meus jogadores fizeram da estratégia para o jogo.

Na segunda parte o vento ficou mais forte e tivemos mais dificuldades em explorar as costas da defesa do Rio Ave. Quando se bate a bola mais longo com este vento, esta às vezes até vai para trás de quem a pontapeou. Acabámos por ter mais dificuldades em chegar à frente embora tenhamos conquistado cantos e faltas, mas foi muito pouco ofensivamente em comparação com a primeira parte.

A repartição dos pontos acaba por ser justa. Rompemos com algumas coisas importantes: marcar golos e pontuar. Queríamos ganhar, mas podemos considerar que foi uma base importante para abraçarmos o futuro. Vai ser muito difícil, duro, mas vamos conseguir.»

[Sobre o regresso]:

«Este é, talvez, o desafio mais difícil da minha carreira. Vivi uma situação semelhante na minha primeira passagem por aqui embora a situação não fosse tão grave. Vivi também uma situação idêntica quando fui do Rio Ave para o Reading. Estou feliz por estar no campeonato do meu país, por encontrar jogadores e treinadores portugueses e por confirmar que este é um campeonato cheio de excelentes jogadores e com treinadores preparados para qualquer desafio em qualquer liga. Independentemente dessa felicidade, tenho de ajudar os meus jogadores.

Tivemos uma boa energia e uma boa atitude. Gostei do que vi e temos de nos agarrar a isso. Com esta atitude temos de abraçar o futuro para dar alegrias aos adeptos que sofreram muito hoje. O Rio Ave marcou o golo do empate depois da hora e o golo do Ruiz, se fosse validado, também teria sido para lá da hora. Em vésperas de Natal, espero que não tenha acontecido nada de mal a nenhum coração maritimista»

[Sobre a estrutura da equipa: 4x4x2]:

«O que me vai na alma é a paixão pelo futebol. Como profissional, se me desviar de um futebol que procura o golo e que gosta de controlar o jogo com bola é, no fundo, esvaziar o que sou. Isso não faço. A tendência é dar esse cunho mais ofensivo. Somos o segundo pior ataque da Liga e a pior defesa. Temos nove golos marcados e só há uma equipa com menos golos marcados que nós. Vamos olhar para os jogos com o objetivo de marcar. Com espírito e com a ajuda de todos, acho que vamos conseguir. Vai ser muito duro, a distância para os outros é grande e eles também vão jogar e pontuar. Vamos ter tendência ofensiva e vamos querer ganhar. Que Deus me ajude a manter esta convicção, mas sinto que vamos conseguir.»

 

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