Estreias, apuramentos e longas viagens: o que fizeram os internacionais nas seleções

27 mar, 11:22
Liga: o que fizeram os internacionais

Di María e Otamendi fecharam a janela, madrugada dentro. Ao FC Porto regressam três novos internacionais e a Guimarães um, enquanto no Sporting Gyokeres assinalou com golo o duelo frente a Portugal

A janela internacional fechou nesta madrugada em Los Angeles, com Di María e Otamendi em campo frente à Argentina, os últimos de mais de três dezenas de jogadores de clubes da Liga que estiveram em campo com as suas seleções nesta paragem. Houve estreias, apuramentos festejados e há quem volte com muitos quilómetros nas pernas.

O FC Porto teve o maior contingente de jogadores nas seleções e três deles voltam com novo estatuto de internacionais: Francisco Conceição estreou-se por Portugal, Wendell e Galeno pelo Brasil. Na Liga, há ainda Jota Silva, o novo internacional AA a sair de Guimarães.

O FC Porto também teve Eustáquio a festejar a qualificação do Canadá para a Copa América, enquanto no Benfica o guarda-redes Trubin volta com o lugar da Ucrânia no Euro 2024 garantido, mas sem ter jogado.

No Sporting, Morita viajou até ao Japão, mas foi poupado a uma deslocação à Coreia do Norte, com o adiamento do segundo jogo. Houve vários jogadores portistas a fazerem longas viagens, como Taremi, Jorge Sanchéz ou Alan Varela, tal como os benfiquistas Otamendi e Di María, estes com o horizonte temporal mais apertado para o regresso, quando o Benfica entra em campo frente ao Desp. Chaves na sexta-feira.

Veja aqui o que fizeram os internacionais nesta paragem

Sporting

Morita fez a deslocação mais longa entre os internacionais do Sporting, mas depois de uma vitória que consolidou a liderança do Japão foi poupado a uma viagem ao desconhecido à Coreia do Norte, com o adiamento do segundo jogo na corrida ao Mundial.

Nenhum dos jogadores dos leões foi de resto totalista nesta dupla jornada, em que Gonçalo Inácio, que jogou os 90 minutos da derrota com a Eslovénia, foi o único representante na seleção nacional, depois da dispensa de Trincão por lesão.

Todos os outros jogadores estiveram em ação também em jogos particulares. Gyokeres ficou-se pelos 70 minutos e o golo marcado na derrota de Guimarães com Portugal, não saindo do banco da Suécia no segundo jogo, com a Albânia, Hjulmand foi utilizado nas duas partidas da Dinamarca, saindo do banco no nulo com a Suíça e entrando para a segunda parte frente às Ilhas Faroé, enquanto Franco Israel defendeu a baliza do Uruguai no 1-1 com o País Basco e ficou no banco frente à Costa do Marfim, tal como Diomandé. O central tinha jogado antes 90 minutos num jogo de preparação com o Benim, em solo francês.

Por fim, Eduardo Quaresma não saiu do banco no duplo compromisso da seleção sub-21

O que jogaram os internacionais do Sporting

Gonçalo Inácio (Portugal), 90 minutos

Morita (Japão), 58 minutos

Hjulmand (Dinamarca), 76 minutos

Diomandé (Costa do Marfim), 90 minutos

Gyokeres (Suécia), 70 minutos e 1 golo com Portugal

Franco Israel (Uruguai), 90 minutos

Eduardo Quaresma (sub-21), Não utilizado

Benfica

Di María e Otamendi estiveram em campo madrugada dentro pela Argentina, em Los Angeles. Fideo capitaneou os campeões do mundo, com o golo de livre que encetou a reviravolta frente à Costa Rica e jogou 82 minutos, a juntar aos 90 que tinha somado no particular com El Salvador. Otamendi também esteve em campo quase todo o tempo no segundo jogo, menos no primeiro. Para ambos, segue-se agora uma longa viagem de regresso, em cima da hora para o Benfica-Chaves de sexta-feira.

Entre os internacionais portugueses, António Silva jogou meia parte em cada um dos jogos de Portugal, enquanto João Neves somou menos de meia hora, tudo junto. Trubin, por seu lado, regressa com o apuramento da Ucrânia para o Euro 2024 no bolso, mas também com a frustração de ter assistido do banco aos dois jogos dos play-off.

Kokcu vai voltar à Luz, onde ainda está por encerrar o caso da entrevista polémica que deu antes da paragem, depois de ter sido titular, primeiro, e depois suplente utilizado nas duas derrotas da Turquia de preparação para o Europeu.

De resto, o Benfica teve Samuel Soares entre a seleção AA, onde foi chamado para o banco frente à Suécia por lesão de Diogo Costa, e os sub-21, com a titularidade frente à Croácia. E teve Tomás Araújo totalista nos dois jogos sob o comando de Rui Jorge. Por fim, Álvaro Carreras foi titular em ambos os jogos dos sub-21 de Espanha.

O que fizeram os internacionais do Benfica

António Silva (Portugal), 90 minutos

João Neves (Portugal), 29 minutos

Otamendi (Argentina), 127 minutos

Di María (Argentina), 172 minutos, 1 golo e 1 uma assistência

Trubin (Ucrânia), Não utilizado

Kökcü (Turquia), 90 minutos

Tomás Araújo (Portugal Sub-21), 180 minutos

Samuel Soares (Portugal sub-21), 90 minutos

Álvaro Carreras (Espanha sub-21), 135 minutos

FC Porto

Duas estreias em jogos de luxo pelo Brasil e uma por Portugal. Com destaque para Wendell, praticamente totalista neste duplo compromisso, a vitória em Wembley sobre a Inglaterra e o grande empate com a Espanha no Bernabéu, marcada também pelo batismo de Galeno, que esteve apenas oito minutos em campo, mas o suficiente para ganhar o penálti que valeu o empate. Pepê, que já se tinha estreado pela canarinha na janela anterior, ficou desta vez no banco.

Francisco Conceição também se tornou internacional por Portugal, com 45 minutos em campo frente à Eslovénia. Com quatro jogadores na seleção nacional, o FC Porto teve ainda Pepe em campo 45 minutos em cada uma das partidas, Diogo Costa na baliza frente à Eslovénia, depois de falhar por motivos físicos o primeiro jogo, e João Mário a somar mais alguns minutos.

O FC Porto teve o maior contingente de internacionais, sem contar com Nico González, que estava convocado para a Espanha sub-21 mas foi dispensado por lesão.

Houve longas viagens para alguns jogadores. Taremi teve dupla jornada de apuramento para o Mundial, com uma assistência para golo em ambos os triunfos frente ao Turquemenistão. Eustáquio foi o capitão do Canadá no triunfo sobre Trindade e Tobago que garantiu o apuramento para a Copa América, enquanto Jorge Sanchéz esteve com o México na «final four» da Liga das Nações da Concacaf e, depois de suspenso na meia-final, jogou os 90 minutos na derrota com os Estados Unidos na final.

Finalmente, Alan Varela jogou ambas as partidas da seleção olímpica da Argentina frente ao México, enquanto Bernardo Folha foi opção na seleção sub-21 frente à Croácia.

O que jogaram os internacionais do FC Porto

Diogo Costa (Portugal), 90 minutos

Pepe (Portugal), 90 minutos

João Mário (Portugal), 8 minutos

Francisco Conceição (Portugal), 45 minutos

Wendell (Brasil), 179 minutos

Galeno (Brasil), 8 minutos

Pepê (Brasil), Não utilizado

Taremi (Irão), 174 minutos, 2 assistências

Eustáquio (Canadá), 90 minutos

Jorge Sánchez (México), 90 minutos

Alan Varela (Argentina sub-23), 135 minutos

Bernardo Folha (Portugal sub-21): 90 minutos

De Álvaro Djaló ao estreante Jota Silva

Entre as restantes equipas da Liga, destaque também para o contingente do Sp. Braga nas seleções. Bruma jogou mais 45 minutos por Portugal e aproveitou a oportunidade para marcar, na goleada frente à Suécia, enquanto Álvaro Djaló brilhou com golo num raro jogo da seleção do País Basco, frente ao Uruguai, que tinha Franco Israel e o também bracarense Zalazar, titular nesse jogo e dispensado depois para a partida seguinte, frente à Costa do Marfim.

O Sp. Braga teve ainda vários jogadores em seleções sub-21. João Carvalho defendeu a baliza de Portugal frente às Ilhas Faroé, Cher Ndour foi totalista no duplo compromisso da Itália, Joe Mendes também foi utilizado pela Suécia em dois jogos e Lucas Hornicek fez 45 minutos pela seleção de Esperanças da Chéquia.

Por fim, e não menos relevante, Jota Silva voltou a associar o nome do Vitória SC à seleção nacional, lançado precisamente em Guimarães por Roberto Martínez na última meia hora do jogo com a Suécia. Jogou ainda os minutos finais na derrota frente à Eslovénia.

Sporting

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