Casa Pia-Estoril, 0-0 (crónica)

8 abr, 22:23

Um mal menor, para ambos os lados

A urgência dos pontos chamava, mas ninguém conseguiu desfazer o nulo: Casa Pia e Estoril empataram esta noite em Rio Maior, no jogo que fechou a jornada 28 da Liga.

Duas equipas a atravessar um bom momento, que entraram descomplexadas em campo, mas que acabaram por deixar, com o passar dos minutos, que o medo de perder ganhasse mais força do que a vontade de ganhar.

Alterações, só forçadas

No Casa Pia, ainda ecoava a goleada imposta em Vizela na jornada anterior, por 4-0: face a essa partida, Gonçalo Santos fez apenas uma alteração: Duplexe Tchamba deu o lugar a João Nunes.

No Estoril, um Estoril que vinha de duas vitórias consecutivas, a última frente ao FC Porto, Vasco Seabra substituiu os suspensos Bernardo Vital e Heriberto por Volnei e Guitane – este de regresso.

FILME E FICHA DE JOGO.

A jogar em casa, ainda que emprestada, os gansos entraram ligeiramente melhor na partida: mais astutos, mais subidos, e sobretudo mais esclarecidos na hora de procurar a baliza contrária. João Nunes, logo aos três minutos, deu o primeiro sinal.

Segovia, Zolotic e Felippe Cardoso também ameaçaram, mas ora a defesa adversária ora a ineficácia não permitiram que se desfizesse o nulo. E o Estoril cresceu depois da meia-hora.

Não ao ponto de encostar o adversário às cordas, mas pelo menos houve mais acutilância no último terço, e Cassiano até obrigou Ricardo Batista a uma enorme intervenção, após um belo passe de Mateus Fernandes.

Estava dado o mote para a segunda parte.

Um Estoril com outra cara

Vasco Seabra não mexeu qualquer peça do onze, mas os canarinhos apareceram com outra cara na etapa complementar. Se nos primeiros 45 minutos, houve um ligeiro ascendente do Casa Pia, no segundo tempo isso mudou.

O Estoril subiu uns metros no terreno, teve outros jogadores a aparecer – como Rodrigo Gomes, por exemplo –, e por isso conseguiu estar por cima na partida.

Só que isso não teve grande tradução junto da baliza de Ricardo Batista, com exceção de um grande remate de Rodrigo Gomes à hora de jogo.

Do outro lado, Gonçalo Santos lançou Yuki Soma e o nipónico voltou a agitar o ataque dos gansos, mas não como se tinha visto na primeira parte.

Vinicius Zanocelo ficou a centímetros da felicidade

O empate não era o ideal, mas também não era uma tragédia para nenhuma das equipas. E por isso o medo de perder sobrepôs-se à vontade de ganhar nos últimos minutos. Só Vinicius Zanocelo, nos últimos instantes e com um remate de meia-distância, ameaçou verdadeiramente o golo, que no caso daria os três pontos ao Estoril.

Mas a bola não entrou, e a partida deu dois pontos, um para cada lado. Um mal menor, pode dizer-se.

 

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