Treinador do Boavista destacou que a liderança é «fruto do trabalho» e assumiu que a segunda parte diante do Desp. Chaves deixou a desejar
O treinador do Boavista, Petit, em declarações aos jornalistas após a vitória na receção ao Desportivo de Chaves, por 4-1, na quinta jornada da Liga:
«[Após a paragem, como fez para a equipa manter este apetite pelo bom futebol?] Temos uma identidade, um compromisso de trabalhar todos os dias no máximo para sermos melhores. Nesta pausa, tivemos apenas dois ou três jogadores que foram as seleções, deu para reforçar ideias, melhorar em termos ofensivos e defensivos, mas fomos iguais a nós. Voltámos a casa, queríamos conquistar estes três pontos, chegar aos 13. Entrámos muito bem, fizemos quatro golos, fizemos uma primeira parte fantástica. Depois, uma segunda parte não tão boa, relvado pesado e irregular, houve uma reação do Desp. Chaves e algum deslumbramento da nossa parte, não fomos tão agressivos, não tivemos bola nem conseguimos sair. Valeu pelos três pontos e pela primeira parte.
[Importância do jogo de costas de Bozeník] O Robert é inteligente, joga muito bem no apoio frontal e costas dos defesas. Temos trabalhado com ele dentro da nossa ideia de jogo. Jogámos com um triângulo no meio-campo, quando o Robert baixa pode fazer um losango, temos permutas com estes jogadores que podem permitir variabilidade durante os 90 minutos. Está a crescer, num bom momento e esperemos que continue.
[Golos dos três jogadores do ataque teve a ver com a coesão entre eles?] É do coletivo. Temos os processos e, se forem ver os golos que temos feito, somos uma equipa que sabe o que quer, os jogadores que podemos transitar, espaços que podemos ocupar, se o Robert baixa mais no losango com os três do meio-campo, se os extremos estão abertos ou dão profundidade. A equipa está a evoluir e isto é fruto do coletivo, assim o individual sobressai.
[Após elogios do presidente, como é que se isola a cabeça dos jogadores e se põe uma equipa a jogar desta maneira?] Podemos controlar o nosso processo de treino, o jogo e a evolução dos jogadores. Temos muita juventude, alguns jogadores experientes que permitem ter um grupo coeso. Que todos evoluam: é o compromisso que temos uns com os outros. Sabemos das dificuldades, mas vamos trabalhando, lutando e vão aparecendo resultados.
[Lesão de Pedro Malheiro, que saiu na primeira parte] Penso que será muscular, num lance que domina com pé direito sentiu uma dor na parte superior da coxa a arrancar. Temos alguns dias para avaliar.
[Como será feita a gestão de expectativas?] O nosso pensamento é trabalhar e evoluir, crescer como equipa e dar boas respostas nos jogos. O jogo seguinte é em Braga e assim sucessivamente. Temos 13 pontos, não olhamos para a tabela, sabemos a posição em que estamos, é uma realidade, fruto do trabalho, mas não há deslumbramento. Já fui jogador e sei que a ganhar 4-0 não és tão intenso, mas como treinador estou aqui para corrigir, ver o que se passou e tentar minimizar o que não fizemos de tão bom na segunda parte e maximizar o que fizemos de bom na primeira.»