Fernando Santos: «Perfeição? Isso não se atinge, mas fizemos coisas muito boas»

5 jun 2022, 22:23

Selecionador nacional deixa elogios à exibição da equipa das quinas na goleada à Suíça (4-0)

Fernando Santos, selecionador nacional, analisa a goleada à Suíça (4-0), em jogo da Liga das Nações:

«Quando se vence, estamos sempre muito satisfeitos. Quando não é assim, ficamos tristes. É sempre assim, é o lema desta equipa. Se ganhas com uma exibição bem conseguida, muito boa... Com exceção dos primeiros dez minutos, com dificuldade a encontrar as saídas do jogo. Mérito da Suíça, que pressionou muito alto. A partir do momento em que fizemos a Suíça correr atrás do jogo, o jogo ficou do nosso lado. Acho que fizemos 35 minutos muito bons. Fizemos três golos, mas podíamos ter feito mais dois. Na segunda parte entrámos com a mesma vontade, mas é difícil manter o jogo ao mesmo ritmo, ao mesmo nível. Mas fizemos mais um excelente golo, e temos mais duas ou três oportunidades. A Suíça tentou reagir pelo Shaqiri, que ia deambulando pela esquerda e pela direita, mas conseguimos resolver. Foi uma vitória justíssima de Portugal.»

[sobre a capacidade para atacar a profundidade] «Não se consegue explorar a profundidade se a bola não circular. A circulação foi perfeita, e desorganizou o adversário. Conseguimos com que a Suíça ficasse desorientada, e depois é que a profundidade aparecesse com clareza.»

[sobre a importância do jogo com a Rep. Checa, que partilha a liderança com Portugal] «Se acabasse agora, ou se fossem apenas três jogos, como na primeira edição, uma vitória no próximo jogo garantia a qualificação. Mas ainda ficam a faltar quatro jogos. De qualquer forma são as duas equipas que têm quatro pontos, e a Rep. Checa certamente acredita que pode vencer cá. Falamos sempre do nome, mas eles fizeram um excelente Europeu. É uma equipa forte, com enorme capacidade de luta, e seguramente vai criar muitas dificuldades. Mas se fizemos aquilo que temos capacidade, se formos equilibrados, agressivos e objetivos, a equipa portuguesa é difícil de defrontar.»

[foi uma exibição a roçar a perfeição] «Para a perfeição falta muito. A perfeição não se atinge. É praticamente impossível. Houve coisas muito boas, mais coisas boas do que menos boas. Por isso disse que foi um jogo muito bom. Para ganhar é preciso jogar bem. Foi um jogo muito bem jogado e o resultado espelha isso.»

 

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