Champions: Liverpool-Benfica, 3-3 (crónica)

13 abr 2022, 22:09

Honrosa despedida

O Benfica está fora da Liga dos Campeões. No entanto, os encarnados conseguiram um resultado que não envergonha ninguém: marcaram três golos em Anfield, um dos estádios mais difíceis da Europa, e arrancaram um empate.

Houve personalidade, coragem e um punhado de erros que ditaram a despedida a trinta minutos do final. É certo que o vencedor da eliminatória nunca esteve em causa, mas a equipa portuguesa teve dois golos anulados (outros tantos invalidados, mas corrigidos pelo VAR) e poderia ter saído com outro resultado.

Era preciso uma noite como a de março de 2006. No fundo, as águias precisam de voar até tocarem o céu para darem a volta ao Liverpool, uma das melhores equipas do mundo. Klopp repetiu apenas quatro jogadores que alinharam de início na Luz: Alisson, Konaté, Keita e Díaz enquanto Veríssimo utilizou Diogo Gonçalves na vez de Rafa (lesionado).

O Benfica começou bem o encontro e criou uma boa situação para marcar por Everton, aos 13 minutos. Porém, Konaté repetiu o que havia feito em Lisboa e marcou na sequência de um canto de Tsimikas. O francês foi lá cima e puxou o adversário para a Terra (21m). 

Os encarnados abanaram, mas não caíram. Logo depois, Darwin picou sobre Alisson e fez o 1-1, mas o lance não valeu por posição irregular o uruguaio. Não contou aos 23 minutos, contou aos 32 minutos: a felicidade no ressalto deixou a bola em Gonçalo Ramos que não tremeu e estreou-se a marcar na Liga dos Campeões.

Por sua vez, o Liverpool teve mais ocasiões para marcar. Díaz obrigou Vlachodimos a defesa apertada enquanto Firmino acertou nas costas de Vertonghen na pequena área. Houve ainda um corte fulcral de Grimaldo a impedir o golo do colombiano ex-FC Porto. 

O 1-1 acalentava o branco da esperança do Benfica. Veríssimo lançou Yaremchuk para o lugar de Diogo Gonçalves e passou um sinal à equipa. O técnico dos encarnados não contava era com os erros que deitaram por terra qualquer possibilidade de virar a eliminatória. Aos 55 minutos, Vlachodimos largou uma bola que parecia fácil, Vertonghen não fez melhor e entregou a Jota que assistiu Firmino para o 2-1.

Se o primeiro golo do brasileiro foi fácil, o que dizer do segundo? Dez minutos depois, Tsimikas serviu de bandeja Firmino para o 3-1. Por ora, já Klopp tinha lançado Salah, Thiago e Fabinho. Esperava-se, por isso, que o vice-líder da Premier League conseguisse ampliar ainda mais o marcador.

Todavia, o futebol é pródigo em surpresas. Foi com o onze mais perto do habitual que o Benfica causou mais problemas ao Liverpool. Os encarnados aproveitaram o espaço nas costas do adversário para chegar à baliza de Alisson. Foi assim, por exemplo que Yaremchuk se isolou, driblou Alisson e fez o 3-2. O lance foi, inicialmente, anulado, mas validado pelo VAR.

À entrada para os dez minutos finais chegou o 3-3. Um lance semelhante, de resto, ao do 3-2. Desta feita, João Mário recebeu mal e a bola sobrou para Darwin que bateu novamente Alisson. Uma vez mais, o lance foi anulado numa primeira fase e posteriormente validado pelo VAR.

O jogo partiu-se nos minutos finais e qualquer uma das equipas poderia ter chegado ao triunfo. Se Darwin viu Alisson agigantar-se para evitar o 3-4, Mané foi apanhado em posição irregular e viu o 4-3 ser invalidado.

Não foi como 2006, mas o Benfica sai com cabeça alta de Anfield. 


[IMAGENS VÍDEO ELEVEN SPORTS]




 

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