Mourinho enfrenta o pior resultado de sempre nos «quartos»

8 abr 2014, 10:20
Treino do Chelsea (Reuters)

Na quarta-feira ficam encontrados os quatro semifinalistas da Champions. Os dois embates que estão mais desnivelados jogam-se nesta terça

São quatro grandes confrontos estes que compõe as eliminatórias dos quartos de final da Liga dos campeões. Mas os dois embates desta terça-feira são os que estão mais desequilibrados após os jogos da primeira mão na semana passada.

O Chelsea tem de recuperar em Stamford Bridge da derrota por 3-1 em Paris. E esta foi a pior derrota de José Mourinho em oito presenças nos quartos de final da Liga dos Campeões. Nas sete vezes anteriores, as equipas treinadas pelo português passaram sempre às meias-finais. E nunca perderam por mais de um golo de diferença.

Nas duas derrotas que as equipas treinadas por Mourinho sofreram nos quartos
da Champions o Chelsea perdeu com o Bayern Munique por 3-2 (2004/2005) e o Real Madrid perdeu com o Glatasaray pelo mesmo resultado (2012/13). Em ambas estas eliminatórias, porém, o treinador português já tinha vencido os jogos da primeira mão.

Nestas sete vezes anteriores nos quartos de final, as equipas de Mourinho jogaram seis vezes primeiro em casa e só depois fora. Após esta derrota por 3-1 do Chelsea de Mourinho com o PSG, esta é assim apenas a segunda vez que a equipa do técnico luso vai decidir o apuramento no seu terreno – na outra ocasião (2011/12) o Real Madrid ganhou 3-0 no campo do Apoel. Agora, Mourinho enfrenta o pior resultado de sempre nesta fase da prova.

Chelsea-PSG (1-3)



Esta é a segunda vez que o Chelsea defronta o Paris Saint-Germain na Liga dos Campeões. E já na primeira ocasião era José Mourinho o treinador. Os «blues» saíram vitoriosos na fase de grupos da edição 2004/05 ganhando 3-0 fora e empatando 0-0 em Stamford Bridge. O Chelsea seguiu para a segunda fase da competição e a equipa francesa ficou pelo caminho – fica o registo curioso de que o PSG não perdeu em Londres.

A favor do Chelsea nas estatísticas está o facto de que em 12 vezes que perdeu fora na primeira mão das competições europeias, o Chelsea deu a volta aos acontecimentos no seu terreno por sete vezes. Nas duas vezes em que foi batida por 3-1 no primeiro jogo, a equipa inglesa recuperou com o Nápoles (ganhou 4-1) e foi eliminada pelo Monaco (empatou 2-2 em Stamford Bridge).

O Chelsea vai tentar a sétima meia-final numa competição europeia (em 11 possíveis) sem Ramires, que está suspenso por um jogo. Mourinho revelou entretanto nesta terça-feira que Etoo ainda não está a 100 por cento, mas já poderá ser utilizado «alguns minutos». Do lado do PSG, a grande ausência será a de Zlatan Ibrahimovic – que se lesionou na primeira mão.

A equipa treinada por Laurent Blanc chega a Stamford Bridge sem o sueco, mas com 11 triunfos seguidos em todas as competições. E, nas provas da UEFA, o PSG costuma dar seguimento aos bons resultados em casa. Em 14 triunfos na primeira mão em casa, os franceses só não passaram três vezes. E das quatro vezes que ganhou por diferença de dois golos na primeira mão, o PSG passou três vezes.

Na Liga dos Campeões, o clube gaulês ganhou seis dos últimos onze jogos, empatou três e perdeu dois. O Chelsea precisa de ganhar por dois golos para passar (2-0) ou conseguir o prolongamento (3-1). E os números sorriem quando se vê que o Chelsea não sofre golos em Stamford Bridge desde 19 janeiro. Mas o PSG, pelo seu lado, não perde por dois golos de diferença há 109 jogos.

B. Dortmund-Real Madrid (0-3)



O Real Madrid chega a Dortmund com a maior vantagem desta ronda após o triunfo por 3-0 no Santiago Bernabéu. E chegou com Cristiano Ronaldo na comitiva. Mas o jogador português abandonou o treino desta segunda-feira ainda no primeiro quarto de hora e poderá não estar em condições para tentar o nono jogo seguido na Champions a marcar. Com ou sem Ronaldo, o Real Madrid está a marcar golos fora de casa há 22 jogos seguidos. E, só na Champions, são 34 encontros sempre a marcar.

O Borussia Dortmund precisa de ganhar por quatro golo numa altura em que tem apenas uma vitória conseguida nos últimos 12 jogos em casa. Sebastian Kehl está castigado por um jogo, mas Jürgen Klopp já conta entretanto com Robert Lewandowski (ausente na primeira mão – de quem o Real tem péssima memórias da época passada).

Dos nove jogos entre os dois clubes nas provas europeias, quatro foram na última edição da Champions. O Dortmund levou a melhor na fase de grupos e nas meias-fnais (com quatro golos de Lewandowski no primeiro jogo ultrapassando na segunda mão a derrota em Madrid).

Agora, as posições estão invertidas a meio do embate. E se a equipa germânica já deu a volta oito vezes em 13 eliminatórias em que começou a perder fora, só o conseguiu uma vez quando em desvantagem por mais de um golo (e foi um 0-2).

Quanto ao Real Madrid, em 55 vezes que ganhou em casa na primeira mão passou 42. E nas oito em que ganhou 3-0 passou sempre. Para mais, a tarefa do Dortmund ganha ainda mais dificuldade tendo em conta que a equipa de Carlo Ancelotti é uma das duas que ainda não perderam na Liga dos Campeões (e tem apenas um empate).

Bayern Munique-Manchester United (1-1)



Na quarta-feira disputam-se os dois encontros com o resultado mais equilibrado na primeira mão: ambos 1-1. O Manchester nunca ganhou, em Munique, mas a equipa inglesa pode ficar apurada com um empate superior ao do primeiro jogo. A equipa germânica não conseguiu ganhar os últimos quatro confrontos com ingleses no seu terreno, mas das 11 vezes em que empatou 1-1 fora na provas europeias passou sempre – e um 0-0 chega

O United está em desvantagem estatística neste plano mais geral: perdeu seis e ganhou cinco eliminatórias em que empatou em casa na primeira mão; enquanto o Bayern só não passou duas vezes quando empatou fora na primeira mão. «Pep» Guardiola não pode contar com Javi Martínez e Schweinsteigger (suspensos), mas Dante está de volta ao campeão europeu. David Moyes também já tem Evra de regresso para tentar impedir a terceira semifinal consecutiva do Bayern na Champions.

At. Madrid-Barcelona (1-1)



O embate da ronda entre dois clubes espanhóis é também o confronto entre dois treinadores argentinos. Diego Simeone tem vantagem no marcador
, mas o treinador do Atlético ainda não sabe se tem Diego Costa para esta segunda mão. Raúl Garcia, pelo contrário, é de novo opção depois de ter cumprido castigo em Barcelona.

O Barça surge em Madrid atrás no marcador
, mas com a tradição de já não perder no Vicente Calderón há quatro anos (desde fevereiro de 2010). E se mesmo isso não contar porque um 0-0 chega para o Atlético, a equipa catalã já começou cinco vezes a empatar em casa 1-1 e apurou-se três vezes (uma delas frente ao Real Madrid nas meias-finais da Champions 2010/11).

E é a sétima meia-final seguida da prova que a equipa de «Tata» Martino persegue. À sua frente está uma das equipas revelação da temporada e que (como o Real Madrid) ainda não perdeu nesta edição da Liga dos Campeões (com apenas um empate). A somar, desde fevereiro de 2013 para cá, o «Atleti» ganhou 16 dos 17 jogos europeus realizados.

Ronaldo

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