Além deste idoso que acabou por falecer, há um segundo caso a registar no lar, que não identificou
Um idoso morreu num Estabelecimento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) em Matosinhos, no distrito do Porto, vítima de legionella, adiantou esta quinta-feira à Lusa a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
Sem avançar quando ocorreu a morte, nem o sexo ou idade da vítima, a ARS-Norte referiu que, além deste idoso que acabou por falecer, há um segundo caso a registar no lar, que não identificou.
“Tendo em conta que o período de incubação pode ser de até 14 dias (sendo o mais comum de 5-7 dias), as autoridades continuarão a monitorizar o surgimento de eventuais novos casos”, sublinhou a ARS Norte, em comunicado.
A administração regional adiantou que a origem do ‘cluster’ em Matosinhos, que vitimou um residente do lar, é provavelmente ambiental, tendo já sido implementadas as medidas de controlo.
O lar em causa é o Centro Social de Leça do Balio, depois de a confirmação ter sido dada ao Porto Canal pela diretora técnica, Graciete Pinto, que contou que a estrutura residencial está em contacto com as autoridades de saúde e com as empresas de manutenção desde o primeiro momento em que surgiram os primeiros sintomas nos idosos.
A diretora revelou ainda que os idosos estão informados da situação.
Contactada pela Lusa, fonte do centro social referiu que Graciete Pinto não se encontrava disponível para prestar esclarecimentos.
A ARS-Norte explicou que desde o início do mês foram identificados dois ‘clusters’ de Doença dos Legionários na região Norte, um em Matosinhos e outro em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.
Até à data, em Caminha foi identificado um ‘cluster’ com sete casos confirmados que se encontra em fase de investigação epidemiológica e de determinação das medidas de saúde pública necessárias para o seu controlo.
A Doença dos Legionários, uma pneumonia provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, caracteriza-se pelo aparecimento de sintomas como febre, mal-estar geral, dores de cabeça, dores musculares, tosse não produtiva e diarreia.
A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água (aerossóis) ou, mais raramente, por aspiração de água contaminada com a bactéria.
Entretanto, a diretora técnica do Centro Social de Leça do Balio revelou à Lusa que mais nenhum utente apresenta, para já, sintomas da doença.
“Não apresentam [utentes], até ao momento, sintomas”, afirmou Graciete Pinto.
Os idosos e respetivos familiares estão a par da situação e da importância das medidas adotadas, estando tranquilos, referiu.
A responsável adiantou que o Equipamento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), que conta com 35 utentes, está desde “a primeira hora” a ser acompanhado pelas autoridades de saúde e pelas empresas de manutenção que lhe prestam assistência.
Apesar da insistência, Graciete Pinto recusou revelar quando foram detetados os casos e quando morreu um dos dois utentes infetados, assim como o sexo e idade daquela vítima. Também não adiantou qual o estado de saúde do utente infetado.