PS e PCP chumbam envio à PGR das declarações de Galamba. PSD diz que "fará o que tem de fazer"

14 jun 2023, 17:46
João Galamba na comissão parlamentar de inquérito à TAP (Miguel A. Lopes/Lusa)

Foram ainda chumbados outros requerimentos

As declarações do ministro das Infraestruturas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP não vão ser enviadas para a Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de PS e PCP terem chumbado um requerimento do PSD nesse sentido. Os restantes partidos votaram a favor do requerimento.

Acusando o PS de ter votado contra "protegendo uma vez mais e inexplicavelmente o ministro João Galamba", o deputado Paulo Moniz, coordenador do PSD na CPI, afirmou que o partido "fará o que tem de fazer: suscitada a dúvida, enviará para quem é competente". Os sociais-democratas entendem que em causa poderá estar a "eventual prática" do crime de falsas declarações".

Na semana passada, o PSD anunciou que ia pedir ao Ministério Público que avaliasse se houve crime de falsas declarações do ministro das Infraestruturas, João Galamba, na comissão de inquérito à TAP, apontando uma “discrepância grosseira” com afirmações de outros governantes.

Paulo Moniz referiu então que “não coincidem” as versões do primeiro-ministro, António Costa, do seu secretário de Estado adjunto, António Mendonça Mendes, e de João Galamba sobre o envolvimento do SIS na recuperação do computador do antigo adjunto do ministro das Infraestruturas.

Igualmente chumbados foram os três requerimentos do Chega, entre os quais para uma nova audição de João Galamba e também do antigo presidente da Parpública Pedro Ferreira Pinto, assim como a audição do diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança, António Gameiro Marques.

Já os três requerimentos do PCP foram todos aprovados por unanimidade.

Porque identificou “uma discrepância grosseira” entre aquilo que foi relatado por João Galamba, António Costa e Mendonça Mendes, o PSD anunciou que ia pedir a extração da ata da audição do ministro das Infraestruturas na comissão de inquérito para que “a mesma seja remetida ao Ministério Público” para aprofundar a eventualidade “da existência do crime de falsas declarações” nesta comissão.

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