DGS garante que "não há outros casos associados” à JMJ das bactérias que mataram jovem e levaram à amputação de peregrina

Daniela Costa Teixeira , atualizada às 15:04
22 ago 2023, 10:22

Trata-se de duas bactérias diferentes, ambas contraídas ainda antes da Jornada Mundial da Juventude, esclarecem as autoridades de saúde

A Direção-Geral da Saúde (DGS) assegura que o jovem peregrino italiano que acabou por morrer após regressar ao seu país já apresentava sintomas quando aterrou em Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu em Lisboa na primeira semana de agosto. No caso da peregrina colombiana, que teve de amputar os braços e as pernas, apesar de estar em Portugal para visitar Fátima, a bactéria já tinha sido contraída há, pelo menos, dois meses. 

A DGS garante ainda que não há mais casos de contágio associados às bactérias em causa: Staphylococcus aureus e Estreptococos do grupo A. Em resposta à CNN Portugal,o organismo adianta que “até agora” estes são “casos esporádicos” e que “não há outros casos associados”. “O que se conhece de ambos os casos é que à chegada a Portugal já apresentavam sintomas ligeiros”.

Luca Re Sartù, peregrino italiano de 24 anos, morreu a 11 de agosto “por sépsis e falência múltipla de órgãos, no contexto de uma infeção por Staphylococcus aureus”, diz a DGS, que revela que o jovem já apresentava sintomas quando veio para Lisboa e que “as autoridades italianas reportaram” ao organismo o óbito.

Já no caso de Luz Contreras, a peregrina colombiana terá contraído a bactéria Estreptococos do grupo A ainda antes de “junho deste ano”, mês em que foi diagnosticada em Portugal, aponta a DGS. Antes de chegar a Lisboa, Luz esteve com o marido e a filha em Paris e Londres, não se sabendo onde contraiu a bactéria, mas a amputação dos membros em plena JMJ é apenas coincidência.

“Ambas as bactérias têm o ser humano como reservatório, o que significa que as bactérias transitam de pessoa-a-pessoa, mas que é preciso contacto de muita proximidade para essa transmissão”, esclarece o organismo, explicando que, “durante a JMJ reforçou o nível de alerta e manteve equipas em permanência a avaliar o risco para a saúde humana”.

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