Governo sueco pediu ainda a exclusão da Rússia de todas as competições desportivas
A Suécia avisou este sábado que não vai jogar com a Rússia se as duas seleções se encontrarem na final do play-off para o Mundial2022, como forma de protesto contra a invasão da Rússia na Ucrânia.
«Seja qual for a decisão da FIFA, não jogaremos contra a Rússia em março», garantiu em comunicado o presidente da Federação sueca de futebol, Karl-Erik Nilsson, juntando-se a uma posição idêntica já assumida pela Polónia.
Os polacos deveriam defrontar fora a Rússia nas meias-finais do play-off para o Mundial no Qatar, a 24 de março, e o vencedor desse encontro defrontaria na final do apuramento, a 29 do mesmo mês, o vencedor do jogo entre Suécia e República Checa.
Mais cedo, a Polónia também disse, através do presidente da sua federação, Cezary Kulesza, que não encara a hipótese de jogar o jogo de qualificação diante da seleção da Rússia, considerando ser essa a única «decisão correta».
«Trégua nas palavras, é tempo de agir. Em virtude da escalada da agressão da Federação Russa na Ucrânia, a equipa da Polónia não encara a hipótese de jogar a partida de qualificação contra a seleção da Rússia», escreveu o dirigente.
O governo sueco também já tinha apelado este sábado à exclusão da Rússia de todas as competições desportivas.
Na sequência das sanções a Moscovo, a Suécia sugere que os 27 países da União Europeia articulem também «um boicote aos laços desportivos» com a Rússia, «enquanto durar a invasão da Ucrânia», defendeu o ministro do desporto sueco, Anders Ygeman.
«O mais importante é que cesse a agressão por parte da Rússia. Se a UE decidir por um boicote desportivo, isso contribuirá para que alcancemos esse objetivo», vincou, em comunicado.
Além de especificar um boicote a todas as competições desportivas previstas para a Rússia, a Suécia pede ainda que nenhum atleta russo posso participar em provas na Europa.
Note-se que já foram tomadas outras sanções desportivas devido ao conflito na Ucrânia, como a retirada da final da Liga dos Campeões de futebol a São Petersburgo ou o cancelamento do Grande Prémio de Fórmula, previsto para Sochi, em setembro.
No Reino Unido, basquetebolistas bielorussos viram os vistos serem recusados, devido à posição de Minsk no conflito, em que apoiou tropas russas na invasão.
As federações de esqui da Noruega e da Suécia também referiram que os desportistas russos não são bem-vindos às provas nestes países, que estão previstas para o próximo mês.
