Brasil preocupado com contaminação de epidemias nos Jogos Olímpicos

11 jan 2016, 09:05
Jogos Olímpicos Rio 2016 (Reuters)

Houve um número recorde de casos de dengue e uma crescente circulação dos vírus Zika e Chikungunya em 2015

O Brasil está preocupado com o número recorde de casos de dengue e com a crescente circulação dos vírus Zika e Chikungunya, o que representa naturalmente um risco para os turistas que queiram assistir aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

Especialistas consultados pela Agência Lusa afirmaram que a possibilidade de contaminação durante os Jogos é real, embora acreditem que as medidas adotadas pelo governo para combater o aedes aegypti
, mosquito que transmite as três doenças, devem diminuir a incidência dos casos.

Para Valcler Rangel, vice-presidente de Meio Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não é possível prever a situação epidemiológica do país em agosto.

«Sabermos que no inverno o aedes aegypti
 se reproduz menos, mas é preciso aumentar a mobilização popular e melhorar o monitorização dos índices de infetados por dengue, Zika e Chikungunya, dos focos de larvas e mosquitos, para combater essas doenças de modo efetivo», referiu o responsável da Fiocruz, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina e vinculada ao Ministério da Saúde brasileiro.

Rosana Richtmann, médica e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, recordou que no Brasil, como em outros países tropicais, as infeções podem acontecer em qualquer época do ano.

A médica aconselhou os turistas a consultarem a situação das epidemias no Brasil antes de viajar, a munirem-se de repelente, e a optar por vestuário como calças e blusas de manga comprida, evitando a exposição dos pés e o uso de perfume, que atrai o mosquito transmissor.

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