«Falo quase todos os dias com Mourinho, no prato onde comi não cuspo»

16 nov 2020, 16:46
Treino do Chelsea (Reuters)

Silvino admite voltar ao ativo se tiver um bom projeto e elogia Vítor Baía e Ruben Amorim

O antigo treinador de guarda-redes da equipa técnica de José Mourinho, Silvino, garantiu que mantém contacto regular com o atual treinador do Tottenham, depois de não ter seguido com ele para os spurs. Aos 61 anos, o ex-guardião assume que «se surgir um bom projeto» no futuro, que poderá aceitar.

«Falamos quase todos os dias, por mensagem. Ainda ontem nos fartámos de rir de umas mensagens que trocámos. É assim, tranquilo. Coisas do futebol que não alteram relações pessoais. E eu tenho uma máxima: ‘no prato onde comi, não cuspo’. Eu só tenho a agradecer ao Zé», afirmou Silvino, em declarações ao Bola na Rede, falando também do futuro na sua carreira como adjunto.

«Se me perguntar se gostava de integrar a equipa técnica de um Guardiola, Klopp, Zidane… quem não gostava? Mas não quero destacar ninguém. Não podemos falar ao respeito às pessoas que, neste momento, estão a trabalhar com essas pessoas», salientou.

Questionado sobre o melhor guarda-redes que treinou ao longo dos anos, Silvino destacou Vítor Baía e também Petr Cech, com quem trabalhou, respetivamente, no FC Porto e no Chelsea.

«O Vítor Baía, por exemplo, era muito bom a sair aos cruzamentos e era um guarda-redes muito elegante. E dentro dos postes também era bom. Era rápido a sair e bom a fazer ‘manchas’. Depois, encontrei o Petr Cech. Em termos de treino, era espetacular. Adorava treinar. Queria sempre aprender e é um rapaz muito inteligente, queria saber os detalhes todos», explicou.

Sobre o campeonato português e a luta pelo título, sendo o Sporting nesta altura líder do campeonato ao fim de sete jornadas, Silvino destacou que Ruben Amorim tem potencial e pôde testemunhá-lo nos seus tempos de Manchester United. «Eu conheço bem o Ruben Amorim, que até foi fazer um curso a Manchester quando eu lá estava. E o professor do curso já na altura falava muito bem dele», notou.

Num dos anos de maior glória com Mourinho, em 2009/2010, com a conquista da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, Silvino lembra a «super equipa» que os transalpinos tinham. «Só havia lá um maluco. O Balotelli (risos). Esse era um cromo, no bom sentido, claro. Agora parece que vai jogar para a quarta divisão… é um maluco», concluiu. E foi no Inter - e no United - que encontrou um dos jogadores mais trabalhadores, a par de Cristiano Ronaldo no Real Madrid: Zlatan Ibrahimovic. «O Cristiano a trabalhar… ‘pimba, pimba’. Pegava na bola quando acabava o treino e ficava ali a marcar livres. O Ibra, devido à sua estrutura física, fazia coisas incríveis», lembrou.

 

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