Futebolistas argentinos em greve por tempo indeterminado

1 mai 2001, 18:13

Dívidas dos clubes ascendem a 20 milhões de contos Ao fim de anos e anos de dívidas acumuladas, os jogadores decidiram que era preciso pôr um termo à situação. Apesar das negociações de última hora presididas pela ministra do Trabalho, o futebol parou mesmo. Não se sabe até quando.

Os futebolistas profissionais argentinos iniciaram nesta Segunda-feira um período de greve por tempo indeterminado. A iniciativa, perfeitamente sintonizada com o 1º de Maio, fica a dever-se ao generalizado atraso nos pagamentos de salários e prémios de jogo. 

Alvos das críticas são as entidades laborais ¿ ou seja, clubes das três principais divisões da Argentina ¿ responsáveis por uma dívida globalmente avaliada em mais de 20 milhões de contos. Segundo a agência Reuters, Sergio Marquez, presidente da associação sindical de futebolistas daquele país sul-americano, não poupou os dirigentes do futebol: «Esta é uma situação que não rebentou de um dia para o outro, teve início há muito tempo. Os dirigentes do futebol argentino são péssimos em gestão e acreditam que este estado de coisas nunca vai acabar. Mas acabou aqui», afirmou o sindicalista. 

A ministra do Trabalho do governo argentino, Patricia Bullrich, esteve durante todo o dia de segunda-feira reunida com as partes em conflito, mas as negociações fracassaram: «Os clubes ofereceram 25 por cento do montante em dívida, mas os futebolistas não aceitaram. Por isso, teremos de procurar melhores propostas», referiu a ministra.

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