Di María e o penálti decisivo no Mundial: «Estava abraçado ao Pablo Aimar»

28 jun 2023, 10:22
Di Maria - API

Internacional argentino recordou a conquista no Qatar e destacou a tranquilidade de Lionel Messi

Angel Di María foi o mais recente entrevistado no programa «Llave a la Eternidad», da Televisión Pública, onde, ainda enquanto jogador da Juventus, recordou a conquista do Mundial 2022.

O internacional argentino recordou a palestra antes do jogo, quando soube que ia jogar na esquerda, para «causar mais estragos» à França e o momento de enorme tensão nos penáltis. Antes de Gonzalo Montiel cobrar o penálti decisivo, «El Fideo» estava completamente dominado pelos nervos e agarrado a outro ex-Benfica.

«Estava abraçado ao Pablito Aimar. Quando ele ia a correr já estava a ficar sem força nas pernas. Houve momentos nos penáltis em que os via a dobrar por causa dos nervos. Em todos (risos). Houve momentos em que quase me apagava, por ser demasiada tensão. Estar a sofrer nos penáltis é inexplicável, mas a confiança nos companheiros estava a cem por cento. Quando o Montiel fez golo, atirei-me ao chão de joelhos e fiz o mesmo que fiz quando vesti a camisola, que foi agradecer pelo momento que estávamos a viver. Sabíamos que as nossas vidas tinham mudado para sempre. Por causa desse golo, seríamos eternos», recordou.

Di María reconheceu que as conquistas da Copa América e da Finalíssima pouco antes da competição no Qatar trouxeram mais tranquilidade à equipa, mas destacou que foi Lionel Messi quem ditou o ânimo dos argentinos.

«Se ele está tranquilo, também tens de estar tranquilo. Se o vês sorridente, a falar… é o melhor da história, mandas-lhe uma "pedra" e ele recebe. Resolve qualquer coisa. O melhor que me aconteceu na carreira foi jogar com ele na seleção e no clube [PSG], onde eu não jogava, mas já sabia que se ele viesse eu não ia jogar. Mas disse à minha mulher que, apesar de não jogar por ele vir, estar com ele, treinar um ano com ele, vê-lo todos os dias, era o melhor que me ia acontecer», lembrou, antes de destacar a serenidade do compatriota.

«Neste Mundial vi-o igual a 2014 [no Mundial do Brasil]. Tranquilo, bem, com vontade, cem por cento focado. Tudo vem de como está tudo, em 2010 e 2018 entrámos à justa e, quando as coisas não estão bem, é difícil estar tranquilo. Agora, vínhamos de ganhar coisas, ele estava tranquilo, com confiança e feliz. Ele estava sempre alegre e isso transmite-te tranquilidade», reconheceu o avançado de 35 anos, que admitiu que a final do Qatar serviu para apagar as más memórias que tinha com a camisola da albiceleste.

Di María, refira-se, está prestes a assinar um contrato de um ano com o Benfica.

Relacionados

Benfica

Mais Benfica

Patrocinados