Clube recusou Jimmy Hasselbaink por receio de racismo dos próprios adeptos

10 dez 2015, 15:59
Jimmy Hasselbaink

O treinador foi entretanto oficializado no Queens Park Rangers

O Port Vale FC, da terceira divisão inglesa, confirmou esta quinta-feira ter descartado a hipótese de contratar o holandês Jimmy Floyd Hasselbaink para o cargo de treinador, por receio de eventuais comportamentos racistas dos próprios adeptos.

«Não contratei o treinador Jimmy Floyd Hasselbaink por causa dos problemas racistas de que este clube padece», referiu o presidente do Port Vale FC, Horman Smurthwaite, confirmando a notícia avançada pelo jornal local The Stoke Sentinel.

Jimmy Hasselbaink, de 43 anos, que jogou no Boavista (1996/97) e no Campomaiorense (1995/96), além de representar os ingleses do Chelsea (2000/04), é natural do Suriname, antiga colónia holandesa na América do Sul, e foi chamado por 23 vezes à seleção.

O antigo avançado holandês, que iniciou a presente época no banco do Burton Albion, do terceiro escalão do futebol inglês, foi na sexta-feira apresentado como treinador do Queens Park Rangers, do segundo escalão, em substituição de Chris Ramsey.

«Dá para imaginar o que ele teria que sofrer, além das críticas habituais aos maus resultados. Ele teria sido perfeito para o clube, mas acho que o clube não teria sido bom para ele», acrescentou o presidente do Port Vale FC.

« 99 por cento dos adeptos do clube são ótimos, mas há uma pequena parte que causa problemas e está com frequência nos casos de polícia dos jornais.»


O Port Vale FC, clube situado em Stoke-on-Trent, no centro de Inglaterra, foi já repreendido pela federação inglesa de futebol (FA) devido a cânticos racistas num jogo com o Bradford, em 2013, e o ex-jogador do clube Exodus Geogahhon revelou também já ter sido alvo de racismo.

Relacionados

Patrocinados