Detido suspeito de atear vários fogos na serra do Montejunto

Agência Lusa , BC
16 ago 2023, 17:02

Suspeito, de 31 anos, terá usado "artefactos preparados para retardarem a ignição" e terá feito deflagrar vários fogos. Autoridades ainda não apuraram número exato de incêndios

Um homem, de 31 anos, suspeito da autoria de vários incêndios na serra do Montejunto, nos concelhos do Cadaval e Alenquer (Lisboa), foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), anunciaram esta quarta-feira a GNR e a PJ.

Em comunicado, as forças policiais revelam que o suspeito usava “artefactos preparados para retardarem a ignição, [e] terá ateado diversos incêndios”.

A investigação da PJ, desenvolvida em articulação com a GNR, ainda não apurou o número exato de fogos que o suspeito terá ateado, mas todos terão ocorrido “em zona florestal, confinante com zona urbana” e “teriam atingido proporções mais gravosas caso não tivesse havido rápida intervenção dos meios de combate”.

“A atuação do suspeito colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, provocou riscos ambientais relevantes, para além de ter provocado elevados custos no emprego de meios e recursos no combate aos diversos fogos e à supressão das ignições”, lê-se na nota.

A investigação contou com o apoio do Grupo de Trabalho de Redução de Ignições (estrutura composta pela PJ, GNR e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e do Laboratório de Polícia Científica.

Nos últimos dois meses, a serra do Montejunto foi devastada por vários incêndios, um deles ocorrido no dia 3, na localidade de Póvoa, na freguesia de Cadaval e Pero Moniz, e que chegou a mobilizar 146 operacionais, 44 veículos e seis meios aéreos.

Em 12 de julho, um outro fogo deflagrou na Espinheira, também no concelho do Cadaval, e só foi dominado ao fim de nove horas de combate, tendo envolvido mais de meio milhar de bombeiros, centena e meia de veículos e 13 meios aéreos.

Nos dois incêndios, arderam cerca de 402 hectares, disse na altura o comandante sub-regional do Oeste, Carlos Silva, à agência Lusa.

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