Inspeção-geral da Saúde abre processo sobre baixas passadas a polícias

Agência Lusa , DCT
9 fev, 20:26
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A IGAS refere que o processo de inspeção foi aberto na sequência das notícias publicadas em órgãos de comunicação social sobre o adiamento de três jogos de futebol organizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Portugal) no passado sábado e segunda-feira.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de inspeção para verificar a regularidade das baixas passadas aos polícias que faltaram a três jogos de futebol, nomeadamente o Famalicão-Sporting, anunciou esta sexta-feira a entidade.

“O processo de inspeção tem como finalidade verificar a regularidade dos certificados de incapacidade temporária para o trabalho emitidos aos elementos do corpo profissional da PSP”, refere a IGAS, numa resposta escrita à Lusa.

Adianta ainda que a realização do processo de inspeção, determinado por despacho do Inspetor-Geral, será articulada com a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).

A IGAS refere que o processo de inspeção foi aberto na sequência das notícias publicadas em órgãos de comunicação social sobre o adiamento de três jogos de futebol organizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Portugal) no passado sábado e domingo.

Segundo as notícias, sublinha, “alguns elementos do corpo profissional da Polícia de Segurança Pública (PSP) destacados para esses jogos de futebol não teriam comparecido nos respetivos locais de trabalho por motivo de doença”.

“Tendo sido levantada a suspeita de os certificados de incapacidade temporária apresentados por esses profissionais terem sido emitidos de forma irregular, informa-se que, por despacho do Inspetor-Geral, de 8 de fevereiro, foi determinada a abertura de um processo de inspeção”.

No sábado, segundo a direção nacional PSP, “um número não habitual de polícias informaram que se encontravam doentes, comunicando baixa médica", o que levou ao adiamento do jogo de futebol Famalicão-Sporting, depois de os responsáveis terem concluído que não existiam condições de segurança.

Também cerca de 40 polícias que estavam destacados para o policiamento do jogo de futebol FC Porto-Rio Ave apresentaram baixa, mas a partida acabou por se realizar.

Na sequência do que se passou no sábado, o ministro da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito urgente, por parte da Inspeção Geral da Administração Interna, “em especial dos que se reportam a generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias”.

No domingo, outros jogos da II Liga de Futebol foram adiados por falta de policiamento.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há quatro semanas em protestos na sequência da iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

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