Ucrânia já terá passado primeira linha de defesa russa em Zaporizhzhia

25 ago 2023, 13:45
Soldados ucranianos perto de Bakhmut (Roman Chop via AP)

Até ao momento, a contraofensiva tem sido lenta e não tem registado muitos avanços, mas bloggers de guerra russos começam a evidenciar alguma preocupação com a situação das forças de Moscovo na linha da frente

A Ucrânia parece ter chegado e penetrado a primeira linha de defesa russa na frente de batalha em Zaporizhzhia, no sul do país, e está a avançar em direção a Tokmak.

Após a conquista da aldeia de Robotine, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia afirmou esta sexta-feira que tinha alcançado sucessos em duas zonas, nas direções das localidades de Novoprokopivka e Ocheretuvate.

“As unidades estão a consolidar as suas posições, a disparar fogo de artilharia aos alvos inimigos identificados e a conduzir operações de contrabateria”, disse a mesma fonte, citada pela CNN Internacional.

Até ao momento, a contraofensiva tem sido lenta e não tem registado muitos avanços, mas bloggers de guerra russos começam a evidenciar alguma preocupação com a situação das forças de Moscovo na linha da frente. Um dos mais conhecidos, de nome “WarGonzo”, afirma que os ucranianos entraram em Robotine e estão a atacar Novoprokopivka, que está sob “intenso bombardeamento”.

Outro blogger, de nome “Rogozin na frente de batalha”, ligado à 58.ª Brigada de Armas Combinadas, diz que a Ucrânia está a concentrar uma enorme quantidade de veículos blindados para um “golpe decisivo”.

“Eles precisam de chegar a Verbove e depois a Tokmak. Estamos a aguentar isto”, precisa o blogger.

Na quinta-feira, a porta-voz do comando do sul da Ucrânia, Nataliya Humenyuk, disse que as forças russas estavam a trazer mais soldados para a área de Zaporizhzhia vindos de Kherson, devido ao elevado número de baixas entre as unidades já existentes.

Yurii Malashko, chefe da administração militar da região de Zaporizhzhia, disse que quase não restam edifícios em Robotyne após semanas de combates na área.

"Os nossos soldados estão a avançar lentamente, mas as barreiras de minas que eles [os russos] colocaram são muito grandes e leva tempo a passar por elas”, sublinhou.

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