Mariupol: mais de mil ucranianos já terão morrido no cerco à cidade

10 mar 2022, 03:00
Hospital pediátrico de Mariupol fica completamente destruído na sequência de bombardeamentos (AP)

Contabilização das autoridades locais surge após um ataque da força aérea russa a um hospital pediátrico de Mariupol. "Um crime de guerra", descreveu o presidente ucraniano

O gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky,  estima que cerca de 1.200 pessoas já morreram no decurso do cerco russo de Mariupol, de acordo com a informação divulgada pela Associated Press.

Mariupol está sob ataque há nove dias, e foi palco da última atrocidade de guerra cometida pela Rússia, que sujeitou a maternidade e hospital pediátrico da cidade a ataques aéreos nesta quarta-feira. Do ataque resultaram pelo menos 17 feridos, segundo as autoridades.

"Nove dias. Nove dias de cerco a Mariupol (...) Nove dias - 1.207 civis mortos. Nove dias de genocídio da população civil", informaram as autoridades locais, numa mensagem publicada no Telegram. A mesma mensagem da cidade onde habitavam mais de 450 mil habitantes afirma ainda que o povo de Mariupol resiste. "Nunca perdoaremos. Nunca esqueceremos", escrevem.

O ataque da Força Aérea russa, esta quarta-feira, a um hospital pediátrico de Mariupol, cidade portuária estratégia no sul da Ucrânia, é “um crime de guerra”, denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Hoje é o dia que define tudo. Quem está de que lado. Bombas russas caíram sobre um hospital e uma maternidade em Mariupol (...) Os prédios estão destruídos. Nesta fase há 17 mortos. Os escombros estão a ser retirados”, realçou o chefe de Estado da Ucrânia, através de um vídeo.

"Que tipo de país, a Rússia, tem medo de hospitais e maternidades e os destrói?", acrescentou, denunciando "atrocidades" infligidas a Mariupol, que está submetida a um bloqueio russo há mais de uma semana.

Pelo menos 17 adultos ficaram feridos no bombardeamento ao hospital pediátrico pelas forças russas, segundo um primeiro relatório de fonte oficial que adiantou não haver até agora registo de crianças entre as vítimas.

Volodymyr Zelensky apelou a uma união na condenação ao ataque: "Europeus! Ucranianos! Moradores de Mariupol! Hoje temos de nos unir condenar este crime de guerra da Rússia, que reflete todo o mal que os invasores fizeram ao nosso país".

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