EUA querem que Israel diminua operações terrestres em Gaza até ao final do ano

14 dez 2023, 19:36
Tropas israelitas na fronteira com Gaza (EPA/ATEF SAFADI)

Foi um dos temas em cima da mesa nas reuniões com o conselheiro de Segurança Nacional norte-americana em Israel

A administração de Biden aconselhou o governo israelita a dar por terminada a sua ampla operação terreste na Faixa de Gaza nas próximas semanas, direcionando de forma mais precisa os seus ataques contra o Hamas.

A informação foi avançada por quatro altos funcionários norte-americanos, citados pelo The New York Times, esta quinta-feira.

Segundo a estratégia dos EUA, uma nova fase do conflito implicaria recorrer a grupos mais reduzidos de forças israelitas, que entrariam e sairiam das zonas civis de Gaza, mediante missões especificamente planeadas para matar membros do Hamas, resgatar reféns e destruir túneis.

As mesmas fontes defendem que, mesmo com uma mudança de tática, o governo norte-americano compreenderia e aceitaria que os esforços de Israel no sentido de capturar os combatentes do grupo islâmico, se arrastassem durante meses. Por outro lado, as diferenças entre os EUA e o governo de Netanyahy têm vindo a tornar-se evidentes nas últimas semanas, em particular no que diz respeito à forma como Israel leva a cabo esta guerra e ao acordo pós-guerra para a Faixa de Gaza. 

O caminho para uma diminuição da intensidade das operações foi discutido em Israel, durante as reuniões com o conselheiro de Segurança Nacional norte-americana, Jake Sullivan, que tiveram início esta quinta-feira. Ainda que Sullivan não tenha ordenado os líderes israelitas a esta transição, a administração de Biden deseja que aconteça dentro de três semanas. 

Estes apelos surgem na sequência das declarações proferidas pelo ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, que anteriormente afirmou que a guerra contra o Hamas ia durar “mais do que vários meses”, manifestando o desejo de dar continuidade aos bombardeamentos em Gaza.

Gallant salientou a importância desta operação para a segurança do seu país, mas que esta seria difícil, uma vez que o grupo islâmico construiu uma vasta infraestrutura subterrânea em Gaza.

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