V. Guimarães: Inácio quer ganhar jogo ao Boavista

10 out 2001, 21:26

Treinador antevê jogo «competitivo» Augusto Inácio deixou elogios para o conjunto axadrezado. O treinador acredita que vai ser uma partida difícil, mas competitiva.

O técnico do V.Guimarães, Augusto Inácio, abordou hoje o encontro de sexta-feira à noite que abre a 8ª jornada frente ao Boavista. Começou por elogiar os axadrezados, antevendo uma tarefa complicada para a formação minhota: «É um jogo com o campeão! Está a fazer um excelente campeonato na I Liga e é um digno representante do futebol português na Liga dos Campeões. Para além do F.C. Porto e do Farense, onde perderam pontos, têm ganho em todos os campos onde actuam». 

«É uma equipa difícil, complicada e dificulta a vida a cada adversário, independentemente, de jogar em casa ou fora», resumiu Inácio, acreditando, no entanto, que a sua equipa será capaz de vencer o líder: «Vamos ser um adversário que vai querer ganhar o jogo. Os últimos resultados não foram bons, depois de dois triunfos fora de casa, mas a equipa ainda tem oscilações. No futuro temos de cometer menos erros», alertou.  

Mas porque a resposta nos treinos tem sido «excelente», o técnico acredita que se assistirá a um jogo «competitivo». Com o desaire de Alvalade ultrapassado e assumido, Inácio defende que «as características do Boavista são diferentes das do Sporting». «O Boavista faz o jogo do erro do adversário e muito bem! Joga com os erros do adversário!», defende, prosseguindo na valorização ao oponente.  

Ainda assim, assumiu que continuará a correr os riscos que correu em Alvalade, quando em alguma situação, estiver a ser goleado. Simplesmente o fará em qualquer jogo. «Nem que tenha de jogar na defesa com um homem para um avançado. Não faz sentido jogar com muitos defesas, senão conseguirmos fazer golos», rematou.  

«Jaime Pacheco está a colar-se na minha pele», diz Inácio 

Decorria a conferência de Imprensa e um jornalista questionou Inácio sobre o facto de o técnico axadrezado ter aludido para o facto de a equipa vitoriana ter bons jogadores, mas ainda estar em fase de construção. A resposta saiu vigorosa:«O Jaime Pacheco é um grande treinador, os resultados falam por si, mas está a colar-se na minha pele», rebateu Inácio, admitindo, contudo, que a sua equipa é a que estará «mais atrasada ao nível do entrosamento». «Entraram 16 jogadores novos e as coisas não são fáceis, nada fáceis!», sustentou, acrescentando a propósito, que o V.Guimarães está a criar uma «base», para que no futuro, «outros técnicos não tenham as dificuldades que estou a ter», sublinhou.  

«Os profissionais que temos aqui merecem o dinheiro que ganham» 

Sobre a performance da sua equipa na I Liga, defende que os minhotos «podiam ter mais ou menos pontos», porque a sua equipa está a fazer «um campeonato equilibrado e um trabalho de base. A construir tudo de novo!», sublinhou, para de seguida, rematar em jeito de alerta: «Não são os nomes que fazem uma grande equipa. Temos um bom balneário e um bom grupo, mas os jogadores são desconhecidos uns dos outros», explicou o técnico do V.Guimarães, classificando a nuance como «normal».  

Ao técnico está confiada a missão de «acelerar processos», assente na «paciência e calma» dos adeptos mais fervorosos do país. Inácio defende, entretanto, entender as exigências da massa associativa, mas centra as suas palavras nos homens que dirige. «Os profissionais que temos aqui merecem o dinheiro que ganham no final do mês. Gosto que a minha equipa jogue bem, seja raçuda, mas temos três meses e meio de trabalho. Sei que estou a lutar contra o tempo», concluiu.  

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