Vitória justa dos leirienses
O resultado da partida foi justo, mas pode dizer-se que a U. Leiria podia ter saído do estádio Dr. Magalhães Pessoa a vencer por números mais dilatados, não fosse a eficácia ter sido um dos pontos em que a turma de José Mourinho falhou. Os leirienses venceram o Gil Vicente, por 2-1, e foram a equipa que mais lutou e jogou para vencer. O Gil Vicente começou muito defensivo e foi inoperante em termos atacantes.
Os dez primeiros minutos foram de estudo, com o encontro a ser jogado muito no meio-campo. A partir dessa altura o U. Leiria tomou conta do jogo e o Gil Vicente encolheu-se na sua área. A equipa gilista não atacou e tinha grandes dificuldades a defender, já que os leirienses atacavam em bloco e os três homens mais adiantados, auxiliados por Silas e Vouzela, trocavam as voltas aos jogadores orientados por Luís Campos.
Maciel, Silas, Jaques e Derlei trocavam muito bem a bola no reduto mais atrasado dos gilistas. Jogadas rápidas que a defesa do Gil Vicente tinha grande dificuldade em travar. A dado momento, os jogadores gilistas deixaram de jogar e passaram a recorrer constantemente à falta para pôr cobro às iniciativas atacantes do U. Leiria. Os leirienses pecavam, ao intervalo, pela sua ineficácia em termos de finalização.
Na segunda metade, o jogo mudou um pouco de tom. Luís Campos decidiu arriscar e fez entrar Douala (no último minuto da primeira parte) e realizou outras duas alterações, colocando em campo jogadores mais avançados para conseguir chegar à baliza adversária. O Gil Vicente soltou-se. Embora não se possa dizer que criasse grande perigo junto da baliza de Costinha. Aos 78 minutos, acercou-se da área adversária e conseguiu reduzir, numa jogada de insistência de Ricardo Fernandes, finalizada por Paulo Alves. Os gilistas aproveitaram a única oportunidade em que chegaram com perigo à baliza de Costinha.
O U. Leiria da segunda metade pouco teve a ver com o da etapa inicial. Conteve-se mais e ofereceu um pouco do domínio de jogo ao Gil Vicente. Perdeu alguma consistência a meio-campo e apostou no contra-ataque. José Mourinho apercebeu-se dessa inconsistência, mas tardiamente. Aos 85 minutos, retirou Silas para colocar Leão em campo, o que voltou a dar força ao meio-campo e balanceou os leirienses para a frente. A um minuto do fim tirou Maciel, para os merecidos aplausos, e colocou Freddy. Um jogador forte e rápido. Os leirienses podiam ter beneficiado destas substituições se tivessem surgido mais cedo.
