Tom Prahl dá folga aos jogadores amanhã, quarta-feira O treinador do Halmstads deu folga aos jogadores na véspera do jogo com o Benfica, porque «o campeonato sueco já vai longo». Tom Prahl está bem informado sobre o Benfica, mas não se fia no relatório pouco favorável do jogo de Leiria. «Aguardo um Benfica forte, à altura das sua tradições, mesmo que por vezes pareça atravessar um período menos bom.»
Pode parecer estranho a um português, mas é tradição na Suécia: na véspera de um jogo internacional o melhor é aproveitar para descansar. Tom Prahl, o treinador do Halmstads, explicou ao Maisfutebol que por aqui a tradição ainda é o que era. «O nosso campeonato vai longo, ainda por cima jogámos fora no domingo, treinámos nos dias seguintes, o melhor é aproveitar a quarta-feira para descansar...»
A lição está decorada. «Já sabemos como iremos jogar, conversei com os jogadores sobre isso durante a tarde, portanto...». Como será é que Prahl não quis dizer. «Nestes jogos convém manter algum segredo», sorriu, «digo-lhe apenas que poderemos mudar um ou dois jogadores em relação ao último jogo».
Sempre já é alguma coisa. O Halmstads costuma jogar em 4-4-2. Tom Prahl, há cinco anos no clube, gosta pouco de mexer. No máximo, altera as características da dupla avançada, estabelecendo rotação entre futebolistas fortes e ágeis. No entanto, a UEFA está a dar-lhe que pensar. «Se reparar, muitas das equipas suecas actuam em 4-5-1 nas competições europeias e nós poderemos fazer o mesmo».
Prahl acha que o fundamental é «não sofrer um golo em casa». Como muitos treinadores nórdicos, está impressionado com «a circulação de bola das equipas do sul». Percebe-se: de nada servirá ter dois avançados se a bola andar quase sempre do outro lado do campo.
Tácticas à parte, Prahl parece bem informado, embora ligeiramente baralhado. «O relatório do primeiro jogo dizia-me que Sabry e Poborsky tinham jogado muito bem, o segundo refere o contrário, embora também diga que em Leiria toda a equipa esteve abaixo do normal». Que esperar? «Aguardo um Benfica forte, à altura das sua tradições, mesmo que por vezes pareça atravessar um período menos bom».
Além de Poborsky e Sabry, Prahl disse ao Maisfutebol que vai ter em atenção Van Hooijdonk. «Lembro-me de o ver jogar no Nottingham, sei que é um avançado forte e talentoso que precisa de ser bem vigiado».
Apesar de estar na frente, o treinador do Halmstads confessa que tem sido ajudado pela sorte. «No último domingo, por exemplo, ganhámos devido a dois livres, mas não jogámos muito bem». Para seguir em frente na Europa, o segredo é «aproveitar as nossas capacidades e não passar assim tanto tempo a pensar nos pontos fortes ou fracos do adversário». Até porque, diz, «em equipas como o Benfica não se pode falar de pontos fracos». Eis o retrato de um sueco desportivamente correcto.
