Varzim-Leixões, 2-2 (destaques)

18 nov 2001, 18:29

O empate que também se explica nas balizas... Litos e Ferreira oferecem uma explicação possível para o empate, que não é de desprezar. O primeiro defendeu uma grande penalidade, o segundo deu... um «frango».

Os guarda-redes

Numa análise mais redutora, Litos e Ferreira forneceriam, só por si, uma das explicações possíveis para o desfecho, embora com teses diferentes. Os dois foram, genericamente, do melhor que se viu na Póvoa, mas o guarda-redes do Varzim sai necessariamente por cima. Se o facto de ter defendido uma grande penalidade, com a recarga à mistura, não for o suficiente para estabelecer a diferença, basta recuperar o segundo golo do Varzim, que esteve nas mãos de Ferreira antes de pular para o interior das redes e gerar o seu próprio desespero. 

Detinho

O jeito brigão, de quem corre atrás, na recuperação de jogo, faz lembrar um pouco Pena, assemelhando-se também ao compatriota do F.C. Porto numa certa propensão para o desperdício, que não lhe retira o brilho, especialmente se aos recuos acelerados, para defender, se juntar o golo que conseguiu e uma mão cheia de ocasiões que gerou, entre frequentes manifestações de irritação provocadas pela falta de entendimento com Pedras 

Vinicius

O mais cintilante das duas horas de jogo nasceu dos pés de Vinicius, um brasileiro com jeito inegável para o improviso e para o inesperado. Jogou, fez jogar e, em certas alturas, entendeu resolver o jogo sozinho. Excessos que devem ser perdoados a um artista. O mais desesperante de toda a sua acção resumiu-se num cabeceamento nascido para o golo, mas Ferreira, impotente, defendeu com os pés enquanto procurava a bola. Azar ou sorte, dependendo da perspectiva... 

Abílio e Besirovic

Talvez os mais lentos do encontro, mas seguramente os mais sábios de todos aqueles que pisaram o relvado. A forma como uma aflição se transforma num passe irrepreensível nos pés de Abílio e Besirovic é notável e merece ainda a admiração de quem gosta, nem que seja só um pouco, de futebol. O primeiro distibuiu lançamentos longos para ninguém colocar defeito, o segundo, entre outros ensaios, isolou Antchouet para o segundo golo do Leixões. Porque o futebol não se joga só e sempre a 100 à hora.

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