«Os jogadores estão um pouco ansiosos», diz o treinador do Infesta

16 nov 2001, 20:16

Augusto Mata sentiu o pulso ao plantel

Como lida um treinador da II Divisão B com a ansiedade dos seus jogadores em véspera de um jogo com um clube tão grande como o Benfica? O leitor sabe? Se souber, não restam dúvidas. Para ser um Cruyff ou um Cappelo só lhe falta mesmo o nome e um Barcelona ou um Milan para treinar. Augusto Mata, à falta de segredos mágicos, limita-se a assumir que amanhã terá a difícil tarefa de pedir aos futebolistas que olhem para o outro lado e não vejam mais do que um adversário.  
 
«É inegável que os jogadores não estão habituados a este tipo de coisas», concorda, sem qualquer tipo de constrangimento. «Ainda hoje, no último treino, percebi que estão um pouco ansiosos. Não há nada a fazer». Mata cumpre a terceira década em São Mamede e até ele, que tem quase tantos anos de futebol como de vida, se deixa absorver pela magia de um momento único. «Só esperamos que não sintam essa ansiedade durante o jogo», resume.  
 
As análises a priori tranquilizam-no e servem apenas para concluir, pela enésima vez, que o Infesta tem apenas a ganhar deste jogo com o Benfica. Perder, até por muitos, não escandaliza e ganhar, empatar ou até, pura e simplesmente, fazer tremer a águia, será um feito inesquecível. O resto é o abc do futebol, a certeza de que são 11 de cada lado e de que a bola é redonda, mesmo que por vezes revele uma certa tendência para girar sempre para o mesmo lado.  
 
«O que deve custar mais é mesmo o início do encontro», prevê Augusto Mata, mais tranquilo do que nunca. «Se o Infesta conseguir aguentar os primeiros minutos, pode dar uma boa resposta». É esperar para ver. 

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