Alverca-S. Pedro da Cova, 6-1 (destaques)

18 nov 2001, 18:11

IV Eliminatória da Taça de Portugal

Vargas

Um verdadeiro pesadelo para os de Gondomar. O avançado do Alverca começou cedo a criar problemas ao S. Pedro da Cova, que nunca lhe conseguiu travar a criatividade. Apostado em aproveitar a oportunidade que lhe foi dada pelo técnico Carlos Pereira, o avançado não se cansou de subir pelo lado direito do ataque ribatejano, criando sucessivas situações de perigo. A princípio, não encontrou resposta à altura no centro de ataque, visto que Zeferino não se mostrou muito nos minutos iniciais, e, como tal resolveu ele mesmo desempenhar a tarefa. Foram vários os lances em que subiu pelo flanco direito e prosseguiu com a bola para a zona frontal da baliza, trocando as voltas à defesa adversária. O golo que acontece aos 20 minutos não é mais do que a repetição de um lance que tinha acontecido pouco antes. Mas Vargas não se ficou por aí. Marcou o primeiro, cruzou para o segundo e para o terceiro, apontados por Zefeino e Cláudio Campos. E foi também ele que arrancou a grande penalidade que fez o 4-0. Enfim, uma exibição memorável. 

Anderson

Começou no banco, mas foi chamado à equipa para substituir Zeferino, que fez o segundo golo, aos 61 minutos, para marcar dois golos. Anderson trouxe um novo vigor à equipa e os méritos da goleada dependem, em grande parte, dele. O Alverca passou a ter no ataque alguém que pudesse ocupar o lugar de Vargas no comando do ataque, que, por esta altura, acusava já algum cansaço. 

Cláudio Campos

Esteve muito apagado durante o primeiro tempo e, perante a inspiração de Vargas, terão sido poucos os que deram por ele. Feitas as susbtituições, ganhou novo alento e marcou por duas vezes, como que a dar a impressão de que se guardava para a quebra de rendimento do S. Pedro da Cova. Ainda assim, não conseguiu apagar alguns dos lances em que esteve aquém do esperado. 

Hugo

Não esteve muito bem nos lances de bola parada, mas o resto fez esquecer facilmente a lacuna. No flanco esquerdo do ataque do S. Pedro da Cova, esteve imparável, com cruzamentos preciosos, que nem sempre encontraram a melhor resposta por parte de Martinho, o seu principal alvo nas muitas subidas que fez no terreno. É certo que não marcou e que esteve mais contido no segundo tempo, mas não se lhe podia pedir mais, tal foi o empenho e a ambição com que cruzou vezes sem conta a bola e com que encontrou caminhos no centro do terreno, tentando novas soluções a todo o momento. Foi para o S. Pedro da Cova uma espécie de Vargas, sem a mesma eficácia, é certo, mas com o mérito de nunca ter perdido a esperança, mesmo perante a goleada. 

Zé Nando

Vargas fez-lhe a vida negra durante o primeiro tempo. O defesa do S. Pedro da Cova nunca conseguiu encontrar formas de contrariar a inspiração do avançado e viu o primeiro golo surgir precisamente dos seus pés. O aviso não foi suficiente e Vargas continuou a passear-se frente à defesa da equipa nortenha, com responsabilidades que não ficam apenas para Zé Nando. No segundo tempo, Vargas mudou-se para o lado esquerdo do ataque do Alverca e os problemas continuaram para os de Gondomar, embora com a vantagem de o avançado estar já a sentir os efeitos da boa exibição no primeiro tempo. 

Adeptos do S. Pedro da Cova

Ver a equipa perder por 6-1 não é fácil, mas os mais de 1600 adeptos da equipa que viajaram até Alverca não se calaram sequer por um momento. Sempre com palavras de incentivo, sempre com alegria, apesar da desvantagem que ia crescendo no marcador. Ao 6-0 continuavam a puxar pelo S. Pedro da Cova como ao 0-0 e saíram a fazer a festa, apesar da goleada. 
 

Patrocinados