Barata, o verdadeiro artista

26 set 2001, 18:28

Braga tem mais do que um avançado goleador Mal chegou a Portugal desvalorizou Jardel e disse que queria ser o melhor marcador do campeonato. Até agora só apontou um golo, mas não desiste da ambição.

Barata é, já de si, um nome muito peculiar, propício a trocadilhos e risos dispersos. É, também, o nome de um jogador de futebol, que este ano foi emprestado ao Braga pelo Tenerife, depois de ter estado envolvido no escândalo dos passaportes falsos. Foi impedido de jogar em Espanha durante uma época. 

Em Portugal há cerca de um mês, fez-se notar logo no primeiro dia que vestiu a camisola vermelha e branca dos arsenalistas. «Jardel é Jardel, Barata é Barata...», uma frase para a posteridade que servia, igualmente, de aviso à posteridade. Vinha aí o goleador. Alguns jogos depois e apenas 50 minutos jogados, nunca sendo titular, o brasileiro finalmente marcou um golo, colaborando para o resultado histórico de 6-0 sobre o Santa Clara. 

«Sem dúvida que o primeiro é sempre muito importante, mas é preciso continuar a trabalhar para conseguir estar no melhor nível físico», diz, até com alguma novidade, que é logo desfeita quando lhe é perguntado se mantém as aspirações iniciais de figurar no topo dos goleadores do campeonato: «Desde que chegou o Jardel tem jogado sempre e eu só estive alguns minutos em campo. Continuo a dizer que quero ser um dos melhores artilheiros, não vou alterar o meu discurso». Nem mais, nem menos! 

Com a cabeça bem levantada, em sinal de orgulho, Barata explicou porque tem este nome, dizendo que o herdou do pai, que era conhecido com tal. Para quem não sabe, o nome original do avançado é José Maria Meneses. O mesmo que mantém o ritual de entrada em campo com o pé direito e três passos ao pé-cochinho, que mantém «desde juvenil». Um verdadeiro artista em campo, que aplica a imaginação ao acto de festejar o golo, «há muitos anos». Serve-se de um passo de samba «vindo do Rio de Janeiro». Espampanante e tradicionalista.

«Conheço bem Leonardo» 

Ultrapassadas as condicionantes físicas, Barata diz-se preparado para «jogar 90 minutos em Paços de Ferreira». Para além da vontade normal de estar em campo, o brasileiro quer «vencer o duelo com Leonardo», avançado do Paços de Ferreira que foi seu colega no Fluminense em 96.  

«Conheço bem o Leonardo, joguei com ele no Fluminense, mas nunca o fizemos juntos, pois alternávamos por uma questão de opção. Ele sempre marcou muitos golos, mas o meu desejo é vencer a batalha em Paços e marcar mais golos do que ele», reflecte o ambicioso jogador do Braga.

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