Adjunta do ministro das Finanças acusada de fraude já não vai assumir funções

CNN Portugal , DCT
16 abr, 12:02

"Após ponderação", Patrícia Dantas recua e não vai ser adjunta de Miranda Sarmento. É o segundo caso judicial a afetar a imagem do novo Governo - que nem há uma semana está em plenas funções

Patrícia Dantas não vai assumir o cargo de adjunta do ministro das Finanças. O anúncio foi feito esta terça-feira em comunicado. A ex-deputada social-democrata está a ser julgada por fraude para obtenção de fundos europeus.

“Na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social sobre um processo que teve início em 2017 e que está ainda a decorrer nos locais próprios, sem que sobre o mesmo tenha sido proferida qualquer decisão judicial, Patrícia Dantas, mantendo a presunção da inocência que se impõe e após ponderação, comunicou ao sr. Ministro de Estado e das Finanças que decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Patrícia Dantas, que assumiu a função de adjunta de Miranda Sarmento esta segunda-feira, é suspeita de emitir faturas falsas para receber indevidamente verbas europeias entre 2008 e 2013, quando era presidente da startup Madeira. O caso tem 120 arguidos e envolve também crimes de associação criminosa, burla qualificada, fraude fiscal qualificada e outros.

Patrícia Dantas tinha sido escolhida para fazer a ponte entre o Ministério das Finanças e o Parlamento, entre outras funções.

Este é o segundo caso judicial a afetar o Governo, depois de o atual ministro das Insfraestruturas, Miguel Pinto Luz, ter sido visado por suspeitas relativas à sua antiga candidatura à liderança do PSD.

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