Simão Costa vai rescindir com coreanos para jogar em Inglaterra

23 fev 2002, 16:20

Tem três meses de ordenados em atraso no Taejon Citizens O médio português treinou no Oxford e agradou. O Taejon Citizens não o quis libertar à primeira e ele agora vai rescindir.

Simão Costa, médio-direito português de 26 anos, prepara-se para rescindir contrato com os sul-coreanos do Taejon Citizens, que lhe devem três meses de ordenados, para ficar livre a fim de se vincular ao Oxford United, da Division Three inglesa.

O jogador esteve três dias à experiência em Inglaterra durante esta semana e agradou aos responsáveis técnicos, que pretendiam submetê-lo a um último teste num jogo da equipa de reservas já na próxima segunda-feira. Acontece que, para poder ser inscrito e alinhar, Simão Costa teria de ter em sua posse o certificado internacional.

Simão conta que solicitou o documento aos coreanos e se deparou com inesperadas dificuldades: «Enviaram-me um fax a pedir uma verba pela transferência, quando tínhamos acordado que se no final do ano surgisse uma oportunidade na Europa me libertariam sem problemas. Perante isto, decidi fazer algo que estava a evitar. Em princípio vou rescindir contrato, porque o Taejon me deve três meses de ordenados.»

Os sul-coreanos ainda emendaram a mão e no final da semana fizeram saber que libertariam Simão se este abdicasse das verbas em atraso. «Se não tivessem colocado dificuldades na primeira vez se calhar até poderia negociar isso, mas perante a atitude do clube acho que tenho o dever de fazer valer os meus direitos», diz o médio português.

Simão Costa viaja amanhã (domingo) para Portugal a fim de acertar com o empresário, Dionísio Castro, a estratégia a seguir. O mais provável é avançar com a rescisão e solicitar à FIFA um certificado provisório que lhe permita jogar pelo Oxford.

A partir do momento em que seja inscrito, Simão só poderá jogar no Oxford, o que significa que se algo falhar nas negociações com os ingleses a época termina para o jogador. «É um risco, mas a situação actual também é insustentável, pois já enviei vários faxes para a Coreia a perguntar quando me pagam e quando terei de me apresentar e não tenho recebido qualquer resposta.»

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