Castigado, o médio vai sentir as emoções de longe
Esta é uma noite especial para o futebol paraguaio, porque se a selecção vencer a Argentina terá presença garantida no Mundial 2002. O Estádio Olímpico de Assunção vai encher para, talvez, festejar mais um apuramento para o campeonato do mundo.
Nesse jogo estará presente Victor Quintana, jogador do F.C. Porto, mas haverá uma ausência de vulto. Trata-se de Carlos Paredes, também um portista, que não poderá jogar porque viu um cartão amarelo (preenchendo uma série de duas) no último jogo, com a Bolívia, e tem de cumprir castigo. Não poder estar presente no desafio mais importante da campanha é algo que o entristece.
«Estou triste por estar tão longe, mas vou estar de alma e coração com eles, torcendo para que tudo corra bem», revela Paredes, confessando que com certeza vai ser complicado passar a noite: «Não tenho dúvidas de que não vou dormir enquanto não souber quanto é que ficou o jogo. Festejar fica para mais tarde, porque é preciso continuar a trabalhar».
O meio para saber o que se vai passando no Paraguai será o contacto permanente com «alguns amigos», que «vão dando informações sobre o jogo». Quintana não será incomodado, tal como aconteceu nos últimos dias que serviram de preparação do jogo, pois considera que «é necessário ter tranquilidade e concentração nestes momentos».
Apesar do Mundial-2002 estar cada vez mais perto, Paredes prevê muitas dificuldades para o jogo de hoje. «Vai ser muito difícil, porque a Argentina se não é a melhor selecção do mundo é uma das melhores. Nós também temos vindo a jogar muito bem, por isso acho que podemos pensar no apuramento. Vai ser um grande jogo», desabafa desconsoladamente, de quem se vê longe do palco principal, longe do calor humano de Assunção e sob uma intensa chuva que cai na cidade do Porto.
Sincero e afável, mas aceitando apenas falar sobre a sua selecção, acaba por manifestar um desejo muito próprio: «Seria lindo encontrar Portugal no Mundial».
