Foi campeão nacional de juniores em 94/95
Ivo fez parte de uma equipa de juniores do Boavista de que todos os adeptos do clube axadrezado estarão, certamente, recordados. Foi campeão nacional na época de 1994/95, num campeonato decidido até ao último segundo, entre os axadrezados e o Vitória de Setúbal.
Na última jornada da prova, o Boavista recebia o Braga e o Setúbal o Benfica. O triunfo dos axadrezados teria que ser por diferença maior do que o dos sadinos para que a equipa de Ivo fizesse a festa. Os dos resultados mostram a emoção que se viveu: o Boavista ganhou por 7-0, o Setúbal por 4-0. Nuno Gomes fez quatro golos nessa partida. Memórias que fazem Ivo abrir o livro das recordações: «Tenho as melhores recordações possíveis desses tempos no Boavista. Foram dos melores momentos que já tive na minha vida».
Ivo desfia a galeria de nomes formados nessa equipa que são hoje jogadores importantes no futebol português: «Tínhamos uma grande equipa. Nuno Gomes, Petit, Jorge Silva, Mário Silva, Delfim, tantos outros... Além da qualidade futebolística, são todos grandes amigos. Hoje, muitos deles são meus adversários, mas o que interesse é que todos, sem excepção, são grandes companheiros. Às vezes encontramo-nos e é muito bom».
O central barcelense não esconde alguma tristeza pelo facto de não ter ingressado no plantel principal do Boavista: «Claro que gostaria de jogar no Boavista. Pode ser que um dia isso ainda aconteça. Quando subi a sénior, fui sempre emprestado. Primeiro ao Famalicão (na altura na Honra), depois ao Arrifanense (na IIB) e mais tarde ao Marco, também na IIB. Depois dessa época, terminou o meu contrato com o Boavista e não houve prorrogação do vínculo. Fui para Canelas e, depois, para Barcelos. Fizemos uma boa época, subimos e pude, finalmente, jogar na I Liga».
Ivo tem contrato com o Gil Vicente até ao final da próxima temporada. O jogador pretende continuar em Barcelos até ao final do vínculo: «Espero fazer um bom trabalho e conseguir, assim, um novo contrato com outro clube. Quem sabe se o Boavista, quem sabe se outro...»
