«Foi uma indecência desportiva», diz Jorge Castelo

6 jan 2002, 18:15

Treinador do Farense lança críticas em várias direcções

Jorge Castelo surpreendeu toda a gente ao chegar à sala de Imprensa para comentar a partida. O treinador do Farense virou todas as críticas para a arbitragem e baseou a derrota da sua equipa no trabalho de António Costa, quando, para quem assistira ao jogo, tinha sido a boa segunda parte do Gil Vicente a inverter a lógica de um jogo até aí muito fraco.  
 
«Tenho de dizer tudo o que me vai na alma», avisou o treinador, enquanto ainda procurava a melhor posição na cadeira. «Quero dar os parabéns aos meus jogadores pela atitude e pela capacidade de sofrimento», destacou, partindo então para um rol infindável de críticas. «O que se viu aqui é uma injustiça. Hoje caiu o tabu sobre a saída do Luís Campos do Gil Vicente. Ele queixava-se dos árbitros, mas agora este clube vai deixar de ter problemas. Parece-me que o Farense tem de mudar de treinador. Tem de ter alguém com currículo, alguém feito pelos jornalistas e arbitragens como esta».  
 
Mesmo sem o dizer, Jorge Castelo assumiu que a chegada de Vítor Oliveira ao Gil Vicente terminara com as queixas sobre o trabalho dos juízes. «Isto foi uma indecência desportiva», insistiu, tentando contornar as perguntas que lhe pediam nomes e dados concretos. «Não tenho problema nenhum em dizer que o Farense se calhar tem de mudar de treinador e que, da mesma forma que pedem para deixar jogar o Mantorras, eu também peço que deixem o Hassan, que tem 30 e tal anos, jogar livremente», acrescentou.  
 
Já para o fim da conversa com os jornalistas, o técnico do Farense tentou suportar as fortes acusações que fizera minutos antes. «A mudança de treinador não é intimidação. É mais um problema de respeito». Como assim? «Quem me disse isso mesmo foram as pessoas do Gil Vicente que estavam atrás do nosso banco. Passaram o jogo a dizer-me que com o Vítor Oliveira não se brincava». Pelas substituições que fez e pelo rendimento do Gil na segunda parte, pelos vistos, não se brinca mesmo... 

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