REVISTA DE IMPRENSA || Raríssimas reclama agora mais de 452 mil euros à ex-presidente, em parte por causa da quebra de donativos que sofreu perante o escândalo de 2017
Paula Brito e Costa, ex-presidente da Raríssimas, começou a responder em tribunal na passada segunda-feira por abuso de confiança e falsificação de documento, no Campus de Justiça, em Lisboa. Em tribunal, segundo relata o Público, a arguida, que está acusada de falsificação e abuso de confiança, afirmou ser "poupadinha" mas não conseguiu justificar as despesas de roupa, cremes e cabeleireiro que apresentou à instituição.
De acordo com o processo, pelas contas do Ministério Público, Paula Brito e Costa apresentou 102.662,54 euros de despesas a título de ajudas de custo, ou seja, pedidos de reembolso de despesas de serviços como compra de roupa de luxo (entre os quais vestidos Karen Millen e fatos de homem de centenas de euros), cabeleireiro, depilação, aluguer de carros, entre outros.
Questionada pela juíza como é que justificava o raciocínio destes gastos - alguns dos quais feitos aquando da visita da rainha de Espanha à Raríssimas - tratando-se de uma instituição "criada para servir os outros" , Paula Brito e Cunha chegou a dizer que algumas despesas se deveram à visita de Letizia de Espanha, mas depois afirmou não conseguir responder porque "a decisão já estava tomada".
A Raríssimas reclama agora mais de 452 mil euros à ex-presidente, em parte por causa da quebra de donativos que sofreu perante o escândalo de 2017, altura em que Paula Brito e Costa foi afastada após a denúncia sobre uma alegada gestão danosa. A ex-presidente chegou mesmo a ser alvo de um processo disciplinar, no qual foram identificados pagamentos de várias despesas não relacionadas com a atividade da instituição.
