Caso Quim: Comissão Disciplinar indiferente ao «factor Mundial»

8 mar 2002, 18:26

Juízes da Liga não querem precipitações Os casos Quim e Glauber já estão a ser avaliados, mas ainda não há datas para as decisões.

A Comissão Disciplinar da Liga está a avaliar os processos de Quim e Glauber, jogadores do Braga e do Boavista, respectivamente, que acusaram níveis excessivos de nandrolona em jogos do campeonato da I Liga. Ambos os casos passaram já a fase de instrução e seguirão para nova etapa de análise.

Uma fonte da CD da Liga explicou ao Maisfutebol que «a Comissão Disciplinar não se vai precipitar nas decisões que terá que tomar em ambas as situações». Ao que apurámos, o processo de Glauber encontra-se num estado mais avançado de análise, mas haverá ainda algumas dúvidas a tirar. «Nestas situações de doping, estamos a colocar todas as cautelas. Nenhum julgamento será precipitado. Cada caso é um caso e o facto de ter havido duas despenalizações nada quer dizer em relação ao que acontecerá a estes dois jogadores», sublinhou aquela fonte da CD.

Glauber está suspenso preventivamente há mais de um mês e meio. O Boavista já criticou publicamente a demora da Comissão Disciplinar na decisão sobre o médio brasileiro, exigindo maior celeridade, de modo a não prejudicar o jogador, que garante inocência. Confrontada com estas críticas, a fonte da CD explicou que «não faria sentido estar a apressar as coisas. Estes processos são complicados e exigem tempo para se tomar a decisão certa».

Mundial não influenciará na decisão sobre Quim

Sobre o caso de Quim, a data de meados de Abril como altura provável para uma decisão ainda não é confirmada. A proximidade do mundial da Coreia e do Japão, no qual Quim conserva esperanças de participar, não servirá de motivo para acelerar o processo: «Não somos alheios aos interesses dos jogadores, mas essa questão do mundial não pesará minimamente na nossa decisão. Temos que estar imunes a qualquer tipo de pressões».

Para proferir uma decisão sobre Quim e sobre Glauber, a CD da Liga tem recorrido ao parecer de alguns especialistas no dossier nandrolona.

Patrocinados