Jaime Pacheco: «Conduzir um Fiat Punto é diferente de um Ferrari»

21 set 2001, 13:34

Treinador do Boavista admite maior motivação na Liga dos Campeões Segue-se o Gil Vicente e os axadrezados voltam a ter os pés assentes no campeonato, depois da estrondosa vitória na Liga dos Campeões. O treinador sabe que a moticação é diferente nas duas provas.

«Conduzir um Fiat Punto é diferente de um Ferrari». A frase é de Jaime Pacheco. Poderá parecer despropositada, mas é inserida num contexto muito próprio. Nas entrelinhas, o treinador do Boavista expressa a ideia de que a sua equipa tem tido mais motivação na milionária Liga dos Campeões do que no campeonato. 

A qualidade das exibições é o exemplo perfeito dessa tendência. Frente ao União de Leiria, os axadrezados foram um conjunto cinzento, porém o brilho do campeão nacional ofuscou o poderoso Dínamo de Kiev na quarta-feira. Uma transformação que não deixou ninguém indiferente, nem mesmo o adepto de futebol mais distraído. 

«É por isso que nestes jogos tenho muito cuidado e um discurso mais intenso», diz o treinador. «Nestes jogos», porque o Boavista mede forças com o Gil Vicente, em Barcelos, uma equipa tradicionalmente incómoda sempre que joga no seu estádio. Daí o alerta de Jaime Pacheco para a concentração dos seus jogadores estar nos limites, de forma a reforçar a liderança no campeonato. 

«Que se cumpra a tradição. Que chova e que o Boavista vença», diz o treinador axadrezado, recordando os últimos anos. «Agora, o Gil Vicente está diferente. É uma equipa bem organizada, ganha jogos», afirmou, argumentando que «vai ser um desafio de muita luta». Em Barcelos é sempre assim. 

A responsabilidade pode ser maior. A formação do Bessa lidera o campeonato nacional e marca presença no patamar-maior do Grupo B da Liga dos Campeões. A pergunta foi feita, porém a resposta acabou por ser bem diferente do esperado: «A responsabilidade é a mesma. Mas sinto-me mais responsável quando as coisas não funcionam». Jaime Pacheco ao seu estilo...

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