Frechaut sem medo de Owen

9 set 2001, 19:05

Boavisteiro sonha com a vitória em Liverpool

A perspectiva de ser obrigado a seguir todos os passos e simulações de Owen não inquieta Frechaut. O jogador ignora se será novamente adaptado ao meio-campo, cedendo posição a Rui Óscar e, mais grave do que isso, se, em consequência da troca, lhe caberá em sorte a marcação ao mais endiabrado jogador inglês. «Não sei», quase jura. «Só o treinador sabe». 

Na dúvida, Frechaut não treme. Mostra-se, até, preparado para a missão que qualquer jogador gostaria de poder rejeitar. «Se isso acontecer», arrisca, «gostava de o fazer e, se possível, bem feito. É um jogador que desequilibra e, se tiver que o marcar, vou tentar fazer o melhor possível». 

Para Frechaut, não há estratégia especial a que o Boavista possa recorrer. O adversário é incontornável. «Não há táctica nenhuma nem é segredo para ninguém. Temos que trabalhar muito, sermos bastante fortes e termos um espírito de sacrifício e união. Só assim poderemos conseguir o nosso objectivo». Qual, exactamente, o boavisteiro não especifica, mesmo admitindo que a vitória lhe baila entre os sonhos mais secretos. 

«Isso seria maravilhoso», sorri, enquanto se imagina, por breves fracções de segundo, a festejar a vitória em Anfiel Road. «Pelo menos na minha cabeça, isso não está fora de hipótese. Sei que é uma equipa muito difícil, mas serão 11 contra 11 e não vamos jogar contra 22». Acredita, em resumo, que «tudo pode acontecer».

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