«A despedida custou um pouco», confessa Quevedo

3 set 2001, 18:51

Sochaux é o novo desafio Falou com Pacheco e disse adeus a um balneário que visitou diariamente nos últimos quatro anos. Quevedo já é do Sochaux, mas não esquecerá jamais aquilo que viveu no Bessa.

Quevedo esteve esta tarde no Bessa para se despedir do plantel que representou nas últimas épocas. Terminou a aventura em Portugal. Moreirense e Boavista são agora apenas tópicos de um currículo que regista como momento grandioso um título nacional que ainda hoje o deixa em sobressalto. Agora vem o Sochaux e a I Liga francesa. O seu país vai finalmente conhecê-lo. Aos 30 anos. 

«A despedida custou um pouco», confessou Quevedo aos jornalistas. «Estive cá quatro anos e deixei aqui muitos amigos». O defesa terminara instantes antes uma longa conversa com Jaime Pacheco, o treinador que apostou efectivamente nas suas qualidades, mas que, na impossibilidade de lhe dar uma vaga no onze, consentiu a sua venda. Não será, todavia, por isso que o francês esquecerá o técnico campeão. «Ainda agora estivemos a falar de tudo o que aconteceu. Vai ser sempre o meu treinador. Deu-me uma oportunidade e fomos campeões, por isso vai ser difícil esquecê-lo», assegurou. 

A saída de Quevedo não surpreendeu muito as pessoas atentas ao futebol, uma vez que já no arranque da temporada foi noticiado o interesse de diversos clubes franceses nos seus serviços. «Nessa altura houve vários contactos e sei que o Boavista chegou a recusar uma proposta», contou, garantindo que esqueceu as abordagens assim que principiou a época na condição de primeira escolha. «Comecei como titular, mas depois saí da equipa sem perceber muito bem porquê. Esta era última oportunidade para jogar em França. Não dava para recusar. O facto de ter deixado de jogar ajudou, mas não foi decisivo». 

Os compromissos do Sochaux vão retirar-lhe grande parte do tempo, mas Quevedo manter-se-á atento ao Boavista e a Portugal. «Vou abrir um restaurante com um amigo no Porto», anunciou, mostrando-se igualmente interessado em acompanhar a campanha da defesa do título nacional. «Não vão sentir a minha falta», jurou, enquanto se despedia de quem o viu treinar diariamente nos últimos anos.

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