Jesualdo Ferreira: «Fomos melhores, mas pouco felizes»

6 out 2002, 00:11

Benfica-V. Setúbal, 1-1 (reportagem) O treinador considera que se assistiu a uma boa partida, mas que os sadinos poucas oportunidades criaram.

Jesualdo Ferreira, treinador do Benfica, estava, no final do empate a uma bola com o V. Setúbal, com a sensação de que o conjunto encarnado merecia melhor sorte. O técnico aponta como razões para o sucedido uma noite inspirada de Marco Tábuas e a falta de sorte na finalização: «A equipa foi infeliz porque não conseguiu concretizar contra um V. Setúbal muito difícil. O que fica é um guarda-redes em noite inspirada e os nossos avançados a falharem oportunidades sucessivamente. A equipa trabalhou, correu perante um V. Setúbal que, no final, teve um lance que considero ferido de legalidade. Há falta sobre Ricardo Rocha. Não tenho dúvidas. Tudo isto dá ao resultado um sabor a injustiça. Fomos fortes e melhores, mas pouco felizes.»

O treinador considera que se assistiu a uma boa partida, mas que os sadinos poucas oportunidades criaram e, quando o fizeram, encontraram um Benfica que não aguentou o mesmo ritmo os 90 minutos: «Foi um jogo interessante e corrido. Em determinada altura, o V. Setúbal tentou chegar à nossa baliza, o que teve dificuldades em fazer, e encontrou um Benfica desgastado. O resultado é injusto. Sentimos que perdemos dois pontos que merecíamos ter ganho. Sentimos que o jogo hoje não estava para o nosso lado. Criámos oportunidades, mas a finalização não foi a melhor.»

«Penso que todos eles tiveram uma prestação positiva», disse Jesualdo Ferreira sobre a exibição dos seus jogadores. Um facto que o leva a crer ainda mais que a vitória assentava bem aos encarnados. O treinador disse que a partir da entrada de Fehér a equipa «foi um Benfica diferente, mas que até aí foi sempre a melhor equipa», acrescentando que o V. Setúbal mudou a sua forma de actuar e «ficou à espera».

«Não há nada a acusar à defesa», referiu o treinador, que considera que se instalou uma «moda» em atribuir culpas ao eixo mais recuado da equipa. «Não há críticas a fazer», concluiu.

O técnico reconheceu que a paragem do campeonato, devido a trabalhos nas selecções, «não é benéfica», já que só terá todos os jogadores à sua disposição «48 horas antes do jogo com o F.C. Porto». Mas também não chega a considerar isso uma desvantagem pois o adversário terá o mesmo problema. Uma coisa é certa: «O Benfica vai às Antas para vencer.»

Do V. Setúbal não há declarações. O grupo de trabalho mostra-se solidário com o treinador Luís Campos, que está suspenso, e entendeu «manter um pacto de silêncio», como explicou um responsável sadino, que quis esclarecer que não se trata de um blackout.

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