Jesualdo Ferreira e a contestação à equipa: «Não valorizamos isso»

3 out 2002, 14:58

Treinador diz que é normal existir contestação O treinador encarnado diz que é normal existir contestação, mas que dois adeptos não representam todos os sócios.

Jesualdo Ferreira procurou desvalorizar as recentes manifestações de desagrado de alguns adeptos nos treinos da equipa. O técnico do Benfica lembra que já viu isso acontecer antes e que, por isso, não está preocupado. Nas contas de Jesualdo, dois adeptos insatisfeitos não fazem a massa associativa.

«O que se passou são situações normais», classifica. «Recordo-me, em muitos anos que passei pelo Benfica, de ver situações parecidas e, portanto, a canalização das energias da massa associativa e dos jogadores vai ser feito num sentido positivo, para o jogo e para o adversário», garante, acrescentando que uma derrota é sempre motivo de insatisfação: «Não valorizamos nada esse tipo de situações. Sabemos que sempre que não se ganha num clube com o Benfica, acontecem reacções.»

Jesualdo Ferreira começou então a fazer contas aos adeptos que contestaram a equipa nos últimos treinos. «A contestação que aconteceu ontem [quarta-feira] foi de uma pessoa, não me parece que isso represente a massa associativa do Benfica», responde, não parando quando é questionado sobre os incidentes registados na segunda-feira: «Sim, duas, nesse caso. Não valorizamos isso. Os sócios estão habituados a ganhar, não gostam de perder tal como o treinador e os jogadores. Por isso também têm o direito de se manifestar. Se eu próprio o fiz, por que é que não o poderão fazer?»

O treinador do Benfica diz que conhece bem as regras do «jogo do futebol». «Um treinador que esteja à frente de qualquer equipa conhece bem as regras do jogo e, por isso, sabe interpretar os lances. Este foi um lance negativo, tenho de vê-lo de forma positiva. Manifestaram desagrado, é normal. Não jogámos bem, é verdade. Perdemos, pior ainda. Portanto, desagrado, acho que sim.»

Quanto à reacção dos jogadores à contestação, Jesualdo Ferreira considerou a situação de «pontual» por ter sido a primeira vez que ocorreu.

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