Doping: Manuel Brito refuta criticas dos médicos

27 fev 2002, 00:56

Acusado de não apoiar investigação ao doping Manuel Brito refutou as criticas dos médicos de futebol e disse que foi o próprio que tentou investigar

Manuel Brito, o presidente do Instituto Nacional do Desporto (IND) e da Comissão Nacional de Anti-Dopagem (CNAD), refuta as criticas da Associação de Médicos de Futebol (AMEF), e disse esta terça-feira ao Maisfutebol que foi a própria CNAD que avançou com um estudo sobre doping.

«O estudo partiu da iniciativa da CNAD. Depois juntaram-se os clubes que sempre apoiaram», referiu Manuel Brito. No entanto, o responsável ficou surpreendido com o acórdão da Liga que pôs em causa a segurança do organismo no controlo de dopagem.

«Ficámos espantados porque nos acusavam de ter dúvidas em relação à nandrolona. De repente viraram-se contra nós, por isso decidimos desistir», explicou Manuel Brito.

Em relação à carta que a associação dos médicos lhe enviou, no sentido de se reunirem para discutir a problemática da nandrolona, Brito disse que já tiveram oportunidades para discutir e acrescentou que os profissionais pediam que se cometesse uma ilegalidade. «A carta dos médicos dos clubes propunha que se suspendessem as punições aos jogadores que já estavam castigados», sustentou Manuel Brito.

O presidente da CNAD e do IND chamou a atenção para o facto de que não está «contra ninguém» e realçou que nada o move contra os médicos. «A CNAD não considera que os médicos sejam responsáveis por alguma coisa. Tudo isto se deve à ignorância de quem toma e de quem dá os medicamentos», realçou Manuel Brito.

Os médicos de futebol protestaram, também, por algumas injustiças que entendem estar a ser cometidas. Na opinião da associação, os jogadores podem estar legalmente dopados, mas fisicamente não retiram mais rendimento pelo nível de nandrolona. Manuel Brito esclarece que nada pode fazer para contrariar o facto. «Apenas nos limitamos a cumprir as normas internacionais que fixam os valores e aplicar as sanções, nada mais», concluiu o responsável.

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