Sp. Braga-Benfica, 1-3 (destaques)

26 abr 2003, 21:50

Zahovic ditou leis e Nuno Gomes partiu corações Zahovic encheu o campo e Nuno Gomes marcou um golo soberbo. O Benfica vestiu Braga de vermelho e assegurou o terceiro lugar.

Geovanni

Quando o tempo escorre como areia das mãos, o Benfica não pode esperar muito mais para assegurar a continuidade de Geovanni. Se dúvidas houvesse sobre o seu valor, o brasileiro voltou a dar provas do quanto é importante nesta equipa, desta vez a revelar grande sentido de entreajuda e sacrifício. Emprestado pelo Barcelona até ao final da temporada já é uma peça extremamente importante na dinâmica ofensiva dos encarnados e este sábado foi a gazua para abrir brechas na trémula e inquieta defesa do Sp. Braga. Marcou um golo soberbo, na sequência de um poderoso remate de fora da grande-área; sofreu uma falta que Nuno Gomes ainda conseguiu fazer as redes abanar, porém o árbitro anulou o lance; assinou uma combinação perfeita com o mesmo Nuno Gomes, mas a bola bateu nas malhas laterais. Um jogo sempre nos limites, que só terminou quando foi substituído por Drulovic (76m).

Zahovic

Pode ser uma mera curiosidade, mas é um facto que os níveis de rendimento de Zahovic subiram em flecha a partir do momento em que o seu nome foi dado à estampa, na sequência de uma alegada lista de dispensas desenhada pelo treinador do Benfica. O esloveno correu quilómetros, livrou-se bem da marcação à zona movida por Barroso, conseguiu alguns passes de morte e marcou um golo (23m) numa altura em que o encontro se encontrava empatado (1-1). Dínamo do meio-campo, com responsabilidades de criar lances ofensivos, fez-se valer do seu jus de criativo e ofereceu o golo a Geovanni, que inaugurou o marcador (6m). É uma pena que só tenha acordado quando o campeonato entra na recta final. Foi substituído por João Manuel Pinto aos 88 minutos.

Nuno Gomes

O ponta-de-lança do Benfica voltou aos golos e desta vez com o condão de conseguir acalmar a ténue reacção do Sp. Braga, que procurava o tento do empate a todo o custo. Um poderoso pontapé (64m) fixou o resultado final e coroou uma exibição quase sempre nos limites da força física. Incansável, Nuno Gomes lutou como um guerreiro, levou a defesa adversária ao desespero, chegando ainda a marcar um golo bem anulado (estava em claro fora-de-jogo). Como em tantas outras batalhas, revelou a sua grande facilidade em rematar à baliza, mas só foi feliz por uma única vez. Uma pequena nesga de felicidade valeu um golo soberbo. Que golo...

Argel

Não é que o Sp. Braga tivesse atacado como um louco, longe disso, mas Argel foi determinante em alguns momentos-chave do desafio, revelando a sua capacidade guerreira para resolver as situações da forma mais limpa possível, embora com pouco sentido estético. Tirou o perigo da sua grande-área e foi de uma utilidade extrema num lance que podia ter mudado o desenrolar do encontro: o guarda-redes do Benfica não segurou a bola num livre directo de Barroso e a elasticidade do central brasileiro, movida pela presença de Wender, levou-o a tirar a bola da zona de risco. Estava 2-1 para os encarnados e o empate podia ter sido uma realidade. No entanto, por ter visto um amarelo, falha o desafio com o Sporting.

Wender

Foi uma espécie de farol no escuro, isto é, uma luz na noite negra do Sp. Braga, uma equipa sem referências, muito destroçada e que pouca resistência ofereceu ao Benfica. Wender lançou pitadas de veneno no ataque, onde Bordi foi uma sombra errante e onde os seus colegas nem sempre conseguiram ser eficazes na hora do remate. O brasileiro conseguiu ser atrevido e desenhou um punhado de dribles que resultaram em situação de aflição para a defesa encarnada. No entanto, sozinho, não pôde subir a montanha. Sem ajuda, de nada valeu tanto brilhantismo.

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