Farense-Salgueiros, 2-1 (crónica)

12 jan 2002, 19:27

Erro fatal de Rui Correia

Um erro de Rui Correia, guarda-redes do Salgueiros, foi decisivo para o Farense dar a volta a um resultado que até então (55 minutos) lhe era adverso (0-1), e partir para uma vitória (2-1), que até acabou por ser merecida. Ferreira, com dois golos assistidos por Hassan, deu a Jorge Castelo a primeira vitória em jogos oficiais como treinador do Farense. 

Sempre disputado a bom ritmo, as duas equipas deram brilho ao jogo, que teve um Farense mais ofensivo, com o Salgueiros a contra-atacar sempre que podia. Jorge Castelo apostou em dois pontas-de-lança (Ferreira e Hassan), servidos por um quarteto a meio-campo, formado por Bruno Mestre, Sabugo, Djurdjevic e Patrick, á frente do habitual quarteto defensivo composto por Hugo Gomes, Carlos Costa, Fernando Porto e Laranjo. 

Na velocidade de Toy e João Pedro, depositava Carlos Manuel as esperanças de sucesso no contra-ataque da sua equipa, apoiado por Masi, o mais adiantado do quarteto do meio-campo, que tinha ainda Delson e Litera nas laterais, e Rui Ferreira a trinco. Bodunha, Nunes, Ricardo e Carlos Ferreira formaram a defesa á baliza de Rui Correia. 

Os algarvios começaram cedo a aparecer perto da baliza adversária, e aos 10 minutos Bruno Mestre fez um chapéu a Rui Correia, que embateu no poste e na malha lateral da sua baliza. Esta ameaça foi prontamente respondida, por um remate de Litera de fora-da-área, que ameaçou Mijanovic, e pronunciou o golo que aconteceria passados quatro minutos: Toy dançou em frente à defesa do Farense e surpreendeu Mijanovic com um remate encostado ao poste direito. 

O Farense não se deixou abater com o revés, e em dois cantos do lado direito poderia ter marcado, por Ferreira e Laranjo. Daí até ao intervalo, os algarvios continuaram a mandar no jogo, mas só conseguiram criar perigo, no último minuto, por Hassan, que falhou de forma incrível, quando tinha a baliza aberta. 

Erro de Rui Correia muda história do jogo 

Antes do intervalo, Jorge Castelo tinha apostado em Sousa, que foi jogar no centro do terreno, derivando Djurdjevic para a esquerda. Esta mudança deu maior consistência ao Farense, que passou a trocar melhor a bola, e a toda a largura do terreno, deixando de estar coxo na esquerda, porque Patrick nunca conseguiu entrar no jogo. 

Quando o Salgueiros parecia tranquilo na defesa da preciosa vantagem, Rui Correia teve uma decisão infeliz e deitou tudo a perder. O guarda-redes do Salgueiros ao antecipar-se a um adversário, decidiu entrar em dribles até perto do seu meio-campo, em vez de desfazer o lance, e acabou por perder a bola para Fernando Porto, que endossou-a a Bruno Mestre, que deu seguimento em Hassan e Ferreira, que finalizou sem dificuldade, face á ausência do guarda-redes. Um erro infantil, que teve um alto custo. 

Este golo deu alento aos algarvios, e aos 75 minutos gizaram uma vistosa jogada, entre Cavaco, Hassan e Ferreira, com o marroquino a assistir o brasileiro, que rodopiou sobre um adversário e marcou um golo que colocou a sua equipa em vantagem.  

Pelo meio, o Salgueiros jogou mais próximo de Mijanovic, e Bodunha, aos 63 minutos fez um vistoso chapéu do meio-campo, que rasou a barra da baliza do Farense. Nos instantes finais, Hassan poderia novamente ter marcado, numa jogada de papeis invertidos: o Salgueiros balanceado ao ataque e o Farense a contra-atacar.

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