Filipovic: «Regressar ao Benfica? Nunca se sabe»

8 out 2002, 09:40

Não pensa nisso a médio prazo O técnico jugoslavo gostou de ter trabalhado na Luz com Artur Jorge.

Zoran Filipovic já voltou ao Benfica depois dos sucessos do início da década de 80 como jogador. Foi como treinador-adjunto de Artur Jorge, uma passagem mal sucedida, e que deixou a vontade de chegar novamente à Luz, desta vez com novo estatuto. «Voltar ao Benfica? Nunca se sabe. Gostei muito de viver e trabalhar em Portugal e um dia gostaria de voltar, mas uma coisa é sonhar e ter vontade, outra é ter sorte no momento exacto. Como jogador passei anos muito alegres na Luz, ganhei muitos troféus, fiz amizades, joguei numa grande equipa e nunca o vou esquecer. Como treinador não estive no lugar que gostaria, o de treinador principal.»

Trabalhar com Artur Jorge, garantiu Filipovic, foi «um prazer», apesar das peculiariedades do treinador. «Artur Jorge é um profissional fora do comum. É uma pessoa um pouco fechada, mas com os seus princípios e é um grande treinador português, com títulos e experiência. Infelizmente as coisas não correram bem, como desejávamos.» O que não significa que, se fosse ele o treinador principal, Filipovic não teria feito tudo de forma diferente. «Cada treinador tem os seus métodos, os seus princípios», lembrou.

Em todo o caso, falar num regresso a Portugal é apenas um exercício teórico para o actual treinador do Estrela Vermelha. Falar num futuro a médio prazo, aliás, é também uma impossibilidade. «Para já vou ficar este ano aqui, para fazer esta equipa e os jogadores crescer, e depois vamos ver. Neste momento estou concentrado no dia-a-dia, o Estrela Vermelha é um grande clube, há sempre muita coisa para fazer. Nesta profissão é difícil prever o futuro. Trabalhar aqui na Jugoslávia não é fácil, há sempre muitos problemas, mas não é só aqui, a vida de treinador é muito difícil. Somos como ciganos, estamos sempre a saltar de um país para outro.»

Na carreira de treinador Filipovic somou também presenças na selecção jugoslava, integrando a equipa técnica que chegou à fase final do Mundial 98 e do Euro 2000. «Foi muito bom trabalhar na selecção, é muito diferente do trabalho nos clubes. Há sempre pressão, como há nos clubes, mas é uma pressão diferente e é bom viver na preparação dos grandes jogos, com tremenda importância e muito público.»

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