Álvaro Magalhães (Naval): «O Sporting não terá facilidades»

7 mar 2003, 19:26

Defender bem e atacar melhor Quando a Naval tiver a posse de bola vai atacar o Sporting. Promessa do treinador Álvaro Magalhães.

O Estádio de Alvalade pode ser um autêntico inferno para o Sporting. É assim que Álvaro Magalhães, treinador da Naval, espera surpreender o campeão em título nos quartos-de-final da Taça de Portugal, à custa de velhas máximas do futebol como a humildade, a força e o querer. Só assim se poderá aniquilar a superioridade técnica e o favoritismo do adversário. «Temos de fazer o nosso jogo, sem receios e sem temer nada. O querer e a vontade são as nossas armas e só assim podemos causar uma surpresa», explica o técnico, dando o tónico para um resultado que pode ser histórico: passar às meias-finais da prova.

O sonho comanda a vida e na Figueira da Foz todos têm uma réstia de esperança em bater pé ao leão no seu próprio recinto, mas para que assim seja é preciso uma táctica que foque dois aspectos importantes: defensiva ao ponto de cortar a respiração ao opositor; ofensiva para conseguir estragos e carimbar a vitória: «Temos de defender bem e atacar melhor», resume o treinador. «O Sporting não pode ter espaços, porque tem bons executantes. Temos de encurtar as linhas de passe para recuperar a bola. Quando a tivermos em nosso poder, jogaremos ao ataque e sem receios. Vai ser um bom encontro de futebol», promete.

Álvaro Magalhães sabe que Jardel faz a diferença no último terço do terreno, é ele o goleador máximo apesar de estar a atravessar um período menos bom. Terá direito a uma marcação individual, à partida feita por Auri, mas isso não significa que as principais pedras do adversário passem despercebidas a uma vigilância mais apertada: «Atenção redobrada a todos!», exclama o técnico da Naval, «até aos jogadores que servem o Jardel». Por isso, é normal que os caminhos para a baliza sejam «fechados de forma compacta», o que vai criar dificuldades para quem ataca. «O Sporting não terá facilidades e vai ter de correr», defende.

Num plano meramente teórico, o treinador acha que a Naval «tem 30 por cento de hipóteses» de passar à meia-final da Taça de Portugal, mas isso não quer dizer que parta em inferioridade em relação ao poderio da equipa de Alvalade: «Nenhum atleta tem de ter medo de jogar frente a uma equipa superior, porque nenhum jogador tem mais de duas pernas, de dois braços e de uma cabeça. Vamos jogar desinibidos», sublinha Álvaro Magalhães, esperando que a sua equipa seja o novo Leixões da prova rainha, isto é, com possibilidades de causar sensação. «Era bom que isso acontecesse».

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