Gil Vicente-Farense, 3-1 (destaques)

6 jan 2002, 17:33

Ali, no banco, estava a solução O segredo para vencer estava no banco e mostrou-se mal tocou na bola. Ali foi a figura de uma segunda parte interessante e veloz. Ricardo e Douala também ajudaram.

Ali está o perigo

O ataque de Gil resumia-se num punhado de nada e era necessário quem o incendiasse, quem fosse capaz de inventar um pedaço de perigo que incomodasse efectivamente Mijanovic. Vítor Oliveira, à procura de melhores soluções, deu ordem de entrada a Ali. E Ali estava de facto o perigo. O marroquino entrou decidido a virar o jogo e, logo na primeira vez que tocou na bola, assistiu Douala para o empate. Dez minutos depois, quando já tinha conquistado um par de faltas e acelerado o ritmo atacante da sua equipa, viu Mijanovic fora de baliza e, com um remate seco, completou a cambalhota no jogo. Sem dúvida o jogador mais decisivo. 

Bruno Mestre

Impediu que Sérgio Lomba subisse no seu flanco e criou as principais tentativas de perigo do Farense em toda a primeira parte. O seu estilo empreendedor é capaz de dinamizar a equipa e incentivar os companheiros. Bruno Mestre não teve uma ajuda muito consistente, mas, ainda assim, conseguiu incomodar bastante o Gil Vicente e, em última análise, justificar um destaque numa tarde mal jogada. 

A garantia de Paulo Jorge

O Gil Vicente já tinha desperdiçado o 3-1 numa grande penalidade, mas continuava com o pé no acelerador, certo de que o ritmo forte seria capaz de impedir o Farense de reagir. E estava a consegui-lo. Os algarvios, mesmo com substituições e correcções de ocasião, não pareciam capazes de jogar como na primeira parte, com acutilância e alguma qualidade. Numa bola parada, contudo, após uma grande confusão, podiam ter empatado. Valeu Paulo Jorge, com duas defesas impossíveis que impediram Laranjo e Ferreira de festejar. 

Ricardo Fernandes e Douala

Percebe-se que são jogadores de qualidade pelo simples facto de pertencerem, respectivamente, ao Sporting e ao Boavista. Ricardo é mais de invenções, de diabruras com um pé esquerdo que se esconde num corpo franzino, mas explode na hora de maquinar, de deixar as defesas com o coração nas mãos. Douala é a velocidade em pessoa, é um extremo que dispensa os zigue-zagues e dá prioridade ao jogo objectivo. A segunda parte de ambos estará sempre ligada à recuperação do Gil Vicente. De derrotada antecipadamente, a equipa da casa recuperou e quase goleou. A crer na vontade de Ricardo Fernandes e Douala, não necessitaria de sofrer assim tanto

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